A craque da seleção inglesa que quase vestiu a camisola de Portugal

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Lucy Bronze, defesa da seleção inglesa de futebol, disse, na terça-feira, ter sido especial defrontar pela primeira vez Portugal, país de nascimento do seu pai, em jogo de preparação que as britânicas venceram (1-0) no Bonfim, em Setúbal.

No final do encontro, a jogadora do Olympique Lyon, que chegou no passado a ser convidada pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para representar a equipa das ‘quinas’, partilhou o seu estado de espírito por ter atuado no país de nascimento da sua família paterna.

“Foi a primeira vez que joguei contra Portugal e em Portugal. Foi bom, porque o meu pai Joaquim, a minha tia Fátima e o meu tio António puderam ver-me aqui. Também foi engraçado ouvir falar português. Consegui apanhar algumas coisas”, disse.

Lucy Bronze, de 27 anos, confirmou a história publicada esta semana na imprensa britânica de que esteve perto de envergar a camisola da seleção portuguesa, após contacto de Mónica Jorge quando a jogadora tinha 18 anos, disse à agência Lusa fonte da FPF.

“Comecei a jogar pela Inglaterra aos 15 anos. Depois, ligaram ao meu pai a perguntar se eu queria jogar por Portugal. A Inglaterra era a minha prioridade, por isso, respondi talvez. Na altura disse à minha mãe que se não fosse à seleção inglesa antes dos 22 anos iria jogar por Portugal”, recordou.

A defesa, que foi a primeira mulher na sua posição a ganhar o prémio de melhor jogadora da UEFA, refere que foi convocada para a seleção inglesa perto do final do prazo que tinha estabelecido como limite.

“Fui chamada quatro meses antes do meu 22.º aniversário. Se não tivesse acontecido ficaria muito feliz por jogar por Portugal, que também é o meu país, o país do meu pai”, sublinhou.

Lucy Bronze, que recorre a várias palavras em português na conversa com os jornalistas, mas, por uma questão de conforto, pede que se lhe dirijam em inglês, é célere a revelar o que mais gosta em Portugal.

“Gosto do sol e da comida. Quando vou a casa, o meu pai [Joaquim Bronze] cozinha. Gosto muito mais da comida portuguesa do que da inglesa, que não gosto tanto. Gosto de conquilhas, bacalhau e pastéis de nata”, disse.

Sobre os seus gostos no futebol, a defesa, que revela ter uma compatriota como referência incontornável, não esquece Cristiano Ronaldo, numa lista na qual coloca dois brasileiros.

“A Kelly Smith, que era a melhor jogadora inglesa, é um dos meus ídolos. No futebol masculino? Tenho de dizer Cristiano Ronaldo por ser portuguesa (risos). Na minha posição, gosto do Dani Alves e do Marcelo”, disse.

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