Jornadas abordam relação entre polifonia da Sé de Évora e Paço Ducal de Vila Viçosa

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As relações musicais entre a Escola de Música da Sé de Évora e o Paço Ducal de Vila Viçosa, nos séculos XVI e XVII, estão em foco numas jornadas internacionais em Évora, entre quinta-feira e domingo.

As XXII Jornadas Internacionais “Escola de Música da Sé de Évora”, promovidas pela Associação Eborae Mvsica, são subordinadas ao tema “Ligações à Música do Paço Ducal de Vila Viçosa”, explicou a organização.

Segundo a Eborae Mvsica, a iniciativa, que tem como objetivo divulgar o espólio da Escola de Música da Sé de Évora (séculos XVI e XVII), tem direção artística de Pedro Teixeira e vai decorrer no Convento dos Remédios e na Sé de Évora, assim como em Vila Viçosa.

O programa inclui atividades abertas à população em geral e outros momentos disponíveis apenas para participantes, referiu a organização.

Obras de compositores como Manuel Cardoso, Fernando de Almeida, Aires Fernandez, João Lourenço Rebelo ou Duarte Lobo vão ser estudadas e interpretadas pelos participantes nas jornadas, explicou Helena Zuber, da Eborae Mvsica.

“O tema em foco este ano é esta ligação entre a Escola de Música da Sé de Évora e a música do Paço Ducal de Vila Viçosa”, pelo que, de entre as obras musicais escolhidas, “umas são de compositores mais ligados à Sé de Évora e outras de compositores ligados ao Paço Ducal”, frisou a responsável.

Como exemplo, Helena Zuber indicou que “João Lourenço Rebelo é o mais conhecido compositor ligado ao Paço Ducal” e que “o próprio Manuel Cardoso era muito amigo do rei D. João IV, que lhe chamava o ‘príncipe’ dos compositores”.

No primeiro dia das jornadas, no Convento dos Remédios, entre outras atividades, vai ter lugar a conferência “Relações Musicais entre a Sé de Évora e o Paço Ducal de Vila Viçosa”, por Bernadette Nelson.

A especialista, explicou à Lusa Helena Zuber, é “uma musicóloga inglesa, especializada na música ibérica da Renascença, que está ligada às universidades de Oxford (Inglaterra) e Nova de Lisboa”.

O programa das jornadas integra concertos na Sé de Évora pelos agrupamentos La Grande Chapelle (Espanha), dirigido por Albert Recasens, na sexta-feira, e, no sábado, Officium Ensemble (Lisboa) e Capella Sanctae Crucis (Coimbra), respetivamente, sob direção de Pedro Teixeira e Tiago Simas Freire.

Também no sábado, na Igreja dos Agostinhos, em Vila Viçosa, volta a realizar-se a conferência de Bernadette Nelson e um novo concerto protagonizado por La Grande Chapelle.

O espetáculo de encerramento das jornadas internacionais, no domingo, na Sé Catedral de Évora, é protagonizado pelo Coro Polifónico “Eborae Mvsica”, dirigido por Eduardo Martins, Coro dos Participantes, dirigido por Owen Rees e Armando Possante, e Grupo Instrumental dos Participantes, sob direção de Tiago Simas Freire.

Ateliês para coralistas, de técnica vocal e instrumentais (corneta histórica, charamela, sacabuxa e baixão), orientados por diversos especialistas, e uma visita guiada ao Museu de Arte Sacra (antigo Colégio dos Moços da Sé de Évora) e a obras dos Arquivos da Sé completam o programa.

As jornadas, com coprodução das câmaras de Évora e Vila Viçosa, são financiadas pelo Ministério da Cultura – Direção-Geral das Artes e Direção Regional de Cultura do Alentejo e apoiadas pelo Cabido da Sé de Évora, Fundação Casa de Bragança, Fundação Eugénio de Almeida, Universidade de Évora e outras entidades.

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