Na apresentação da Rede de Ensino Português no Estrangeiro (Rede EPE) para o novo ano letivo, o presidente do Instituto Camões apelou aos países observadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) que integrem o português como língua opcional no ensino.
“Era bom que os observadores associados à CPLP integrassem a língua portuguesa como opcional, aqueles que ainda não o fazem, no seu sistema de ensino curricular ao nível do secundário porque esse é também um sinal forte de empenho e compromisso com os valores da CPLP”, disse Luís Faro Ramos no decorrer da apresentação da Rede EPE.
À margem, em declarações aos jornalistas, o presidente do Camões-Instituto da Cooperação e da Língua explicou que no ano passado, na cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizada na ilha do Sal, em Cabo Verde, foi aprovado um parágrafo a solicitar que todos os países que se tornem observadores associados da CPLP, possam adotar a língua portuguesa como pelo menos opcional no seu currículo público.
“É normal que um observador associado também mostre o seu empenho e compromisso com a língua portuguesa, adotando-a no currículo. É um apelo que faz sentido”, sublinhou.
Faro Ramos fez ainda outro apelo, direcionado aos países Ibero-Americanos, no sentido de que também em todos esses países o português seja ensinado como língua opcional no currículo oficial.
Sobre as parcerias com países lusófonos, lembrou que o português é falado por 270 milhões de pessoas em todos os continentes.
“É uma língua que pertence a todos os países que compõem a CPLP e o esforço de promoção do português deve ser feito em vários sotaques e pronúncias, porque é precisamente isso que enriquece a nossa língua”, defendeu.
Faro Ramos recordou a parceria já em prática com o Brasil para afirmar que Portugal está “sempre a explorar possibilidades de cooperação na área da língua com outros países”.
Ana Grácio Pinto