Em 2019, existem 272 milhões de migrantes internacionais em todo o mundo, indica um estudo do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os 272 milhões de migrantes internacionais contabilizados em 2019, significam um aumento de 51 milhões desde 2010.
Um estudo do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (DESA) da ONU indica ainda que os migrantes internacionais representam 3,5% da população global, quando em 2000 significavam 2,8%, revela a ‘ONU News’, a agência oficial de notícias das Nações Unidas.
Os dados divulgados pela DESA indicam que a população mundial está a crescer, a ficar mais velha, mais móvel e mais urbanizada.
Dos 272 milhões de migrantes internacionais, a maioria vive na Europa: são 82 milhões. Na América do Norte estão 59 milhões e no norte da África e Ásia Ocidental vivem 49 milhões, respetivamente, mas a distribuição dos migrantes no globo está a mudar e a crescer mais rapidamente no norte da África, na região subsaariana e na Ásia Ocidental.
Na Oceania os migrantes representam 21% do total de habitantes e na América do Norte chegam aos 16%, revela ainda o estudo da DESA.
Migrações forçadas aumentam
O estudo daquele departamento da ONU destaca ainda que os deslocamentos forçados estão a aumentar e revela que o número de refugiados e pessoas que procuram asilo subiu 10 milhões entre 2010 e 2017: representam mais de um quarto do número global de migrantes. A África do Norte e a Ásia Ocidental acolheram 46% destas pessoas, seguidas pela África Subsaariana, com cerca de 21%.
Outro indicador do estudo divulgado pela ‘ONU News’ é o de que apenas 20 países recebiam, este ano, dois terços de todos os migrantes internacionais.
O maior número, 51 milhões (19% do total global), está nos Estados Unidos. Seguem-se Alemanha e Arábia Saudita, com 13 milhões cada, a Rússia com 12 milhões e o Reino Unido com 10 milhões.
Em termos globais, um terço de todos os migrantes internacionais tem origem em apenas 10 países. A Índia é país de proveniência de mais migrantes internacionais, com 17,5 milhões de pessoas vivendo no exterior.
Os migrantes do México são a segunda maior diáspora, 11,8 milhões, seguidos pela China, 10,7 milhões, Rússia, 10,5 milhões, e Síria, 8,2 milhões.
Mulheres são quase metade dos migrantes
Sobre a região de origem dos migrantes, o estudo revela que mais de dois quintos nasceram na Europa – ou seja, 61 milhões – ou na Ásia Central e do Sul, 50 milhões.
A América Latina e o Caribe são as regiões onde nasceram mais de 40 milhões e outros 37 milhões foram naturais da Ásia Oriental e do Sudeste.
A maioria dos migrantes segue para países localizados na mesma região onde nasceram. Na África Subsaariana, por exemplo, tal acontece a 89% das pessoas. Já na América do Norte, 98% dos migrantes vinham de outra região.
As mulheres são quase a metade de todos os migrantes internacionais: representavam 49,3% em 2000 e significam 47,9% em 2019. A maior proporção de mulheres migrantes está na América do Norte, 51,8%, e na Europa, 51,4%.
Um em cada sete migrantes internacionais tem menos de 20 anos. A África Subsaariana recebeu a maior proporção de jovens, 27%, seguida pela América Latina e Caribe, Norte da África e Ásia Ocidental, cerca de 22%. E três em cada quatro migrantes está em idade ativa.
Ana Grácio Pinto