O humorista Herman José recordou o cantor Roberto Leal como um “excelente profissional” que “fez muito por Portugal no Brasil”.
“Além de ser um excelente profissional, perdeu-se um extraordinário ser humano”, afirmou à agência Lusa Herman José, para quem a morte de Roberto Leal “não foi uma surpresa”, face à luta que travava contra o cancro, que descobriu em Portugal.
Tinha uma “agudíssima maneira de gerir a sua carreira e só assim conseguir conquistar o mercado brasileiro”, disse.
“Era um colega de exceção, sempre bem disposto e bom amigo”, acrescentou.
Roberto Leal, recordou, “fez muito por Portugal no Brasil ao apresentar-se como embaixador da cultura portuguesa”.
À RTP, o humorista Bruno Nogueira, que trabalhou com Roberto Leal no programa do canal público “O Último a Sair”, referiu que o cantor era “muito generoso, muito inteligente e com muito sentido de humor”, a ponto de brincar com a religião, apesar de ser católico.
“Ele tinha vontade de mostrar a personalidade muito para além da imagem” que o seu público tinha dele.
Nas redes sociais, o apresentador Manuel Luís Goucha lembrou que o recebeu “imensas vezes” nos seus programas, a última das quais em janeiro deste ano, quando “teve a gentileza de vir propositadamente a Portugal para estar no ‘Você na TV’”. De Roberto Leal recordou a sua “gentileza e alegria”.
“Nalguns dos momentos mais significativos da vida, estive ao seu lado. Nalguns dos momentos mais emotivos da minha carreira, esteve comigo”, lembrou na sua conta do Instagram a apresentadora Fátima Lopes, que destacou a emissão dedicada à trasladação do corpo da Irmã Lúcia.
“Ficamos sempre mais pobres quando perdemos um amigo. Partiu um homem bom, escreveu o apresentador António Sala, na sua conta de Facebook.
Já a apresentadora Rita Ferro Rodrigues recordou o cantor como uma pessoa “amorosa, educada, sensível e divertida”.
Também no Facebook, a escritora Alice Vieira contou quando conheceu em Sintra o cantor, que disse ser uma pessoa “simpática, amável” e que “nunca se armou em vedeta”.
Roberto Leal – nome artístico de António Joaquim Fernandes- morreu na madrugada de hoje, em São Paulo.
O cantor emigrou para o Brasil aos 11 anos, em 1962, com os pais e nove irmãos.
Em São Paulo, após trabalhar como sapateiro e vendedor de doces, iniciou a carreira de cantor.