A Câmara da Nazaré investiu 61.500 euros na novela “Nazaré”, que se estreou na segunda-feira na SIC, para contribuir para a promoção do concelho, mas a CDU está contra a opção do investimento.
O presidente desta câmara do distrito de Leiria, Walter Chicharro (PS), disse à Lusa que o apoio da autarquia para a novela, aprovado por unanimidade há cerca de um mês na câmara, é de 61.500 euros.A produção da novela “apresentou uma proposta largamente superior”, mas as duas partes chegaram ao valor acordado, que cobre “custos de produção, pagamentos de alojamento e refeições aquando das gravações da Nazaré e o retorno mediático” que dá ao concelho, explicou o autarca.
Para o presidente, trata-se de mais uma medida em prol da “promoção nacional e internacional, com impactos óbvios na Nazaré”, ao ser exibida em horário nobre, e com “mais-valias” para a economia local.
A novela “vai mostrar nichos da Nazaré para quem não é amante de sol e praia e do surf, o que traz um acréscimo às ações de promoção” já realizadas, indo ao encontro de outro tipo de turistas, sobretudo do mercado interno, frisou.
Em comunicado, a CDU afirmou estar em “desacordo com o deliberado”, considerando que a aposta do PS é a de “desbaratar dinheiros públicos, ao mesmo tempo que esmaga a população com taxas, tarifas e impostos municipais no máximo”.
Em resposta, Walter Chicharro esclareceu que “o investimento é irrisório e boa parte dele fica na Nazaré”, inclusive por via do pagamento de despesas sempre que a produção se desloca à Nazaré para gravar.
Além disso, sublinhou, “o retorno para o concelho está garantido em poucos episódios, o que traz turistas e contribui para a promoção” do concelho.
A posição dos comunistas tem em conta a “difícil situação financeira” do município. “A dívida não desapareceu, ainda que a câmara municipal continue a ter práticas de autarquia endinheirada”, é referido no comunicado.
Walter Chicharro repudiou a crítica, respondendo que não foi o PS – mas quem esteve a gerir a câmara nos 20 últimos anos”, o PSD – que “colocou os impostos no máximo e gerou a dívida”.
O atual executivo, perspetivou, deverá conseguir baixá-la dos 45 milhões de euros (valor de há dois anos, quando foi eleito) para 33 milhões até ao final deste mês.
A estratégia do PS passa por “ir atacando a dívida e suprindo o défice de investimento que existia, apostando ao mesmo tempo na melhoria das condições de vida das pessoas”.
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