Mais de três centenas de animadores socioculturais vão discutir o futuro da profissão durante o XXIX Congresso Internacional de Animação Sociocultural, que irá decorrer, nos dias 18 e 19 de outubro, na Guarda, foi hoje anunciado. Segundo a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural (APDASC), entidade promotora do evento, no centro do debate vai estar a importância da Animação Sociocultural, “num futuro cada vez mais dominado pelos robôs e pela inteligência artificial”, e “a necessidade urgente de reconhecimento destes profissionais em vários contextos de trabalho”.
A APDASC refere, em comunicado hoje enviado à agência Lusa, que os animadores socioculturais “querem ser reconhecidos e valorizados”.
A presidente da associação, Isabel Filipe, citada na nota, aponta que estes profissionais “tardam em ver a sua carreira aprovada e reconhecida e o seu lugar na sociedade entendido na sua plenitude”.
“Gostaríamos de ter um congresso muito participado”, sublinha a responsável, referindo que a organização pretende levar “motivação para todos os profissionais que estão cansados de serem considerados profissionais de segunda, comparados com outros técnicos”.
O tema do congresso internacional será “Construindo o Futuro” e está focado no papel da Animação Sociocultural face aos desafios do futuro, apresentando as inovações na área, as boas práticas e preparando os profissionais para os desafios da transformação social com a nova era da inteligência artificial.
A atualização do Estatuto do Animador Sociocultural e a definição categórica de uma carreira para estes profissionais serão também assuntos a apresentar e a debater durante os trabalhos que serão realizados no Teatro Municipal da Guarda.
Segundo a organização, no XXIX Congresso Internacional de Animação Sociocultural são esperados mais de três centenas de participantes de vários pontos do país e de Espanha.
A presidente da APDASC, Isabel Filipe, refere ainda no comunicado que a escolha da Guarda, uma cidade do interior do país, para a realização do encontro, “não é por acaso”.
“O futuro da Animação Sociocultural também passa muito pelo trabalho de desenvolvimento comunitário, de criação de redes, de aproximação do litoral com o interior, em tornar as populações agentes do seu próprio desenvolvimento”, justifica.
O Congresso Internacional de Animação Sociocultural conta com os apoios da Câmara Municipal da Guarda, do Instituto Politécnico da Guarda e da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e Bibliotecas.