A estreia do australiano Guido Van Helten em Portugal é um dos destaques da terceira edição de Leiria Paredes com História, que quer transformar a cidade numa das “melhores galerias a céu aberto” do país.
O evento de arte urbana acontece entre sábado e o dia 06 de outubro e vai culminar com mais seis paredes gigantes pintadas em Leiria.
“No final desta terceira edição, Leiria já será uma das melhores galerias a céu aberto”, afirma à agência Lusa o curador de Leiria Paredes com História.
Segundo Ricardo Romero, a intervenção de Guido Van Helten, pela primeira vez em Portugal, será um dos destaques, num programa que inclui ainda trabalhos do espanhol Sebas Velasco e dos portugueses Nuno Viegas, Jorge Charrua e Projecto Matilha. Haverá ainda exposições de Tenório e Thecaver, que fará uma “intervenção efémera” na M Gallery & Studio, onde o Leiria Paredes Com história arranca no sábado com esta inauguração.
Na terceira edição, a associação Riscas Vadias, que assume a organização, vai ainda colocar pela primeira vez uma escultura em espaço público, convida um “urban sketcher” francês a retratar a arte pública da cidade e estende uma das intervenções para fora da cidade, à União de Freguesias de Marrazes e Barosa (UFMB).
“Idealmente, nesta terceira edição metade das intervenções seriam feitas nas freguesias. Mas percebemos que cada uma tem a sua especificidade, o que nos levou a refletir sobre qual a melhor forma de atuar em cada uma delas. Talvez para o próximo ano tenhamos condições para cumprir esse desejo. Mas a UFMB aceitou este desafio e será a primeira a receber uma intervenção nesta edição”, explica Ricardo Romero.
Em Leiria, os artistas convidados vão trabalhar “com total liberdade de criação”, sem que haja um tema pré-definido.
À partida para o terceiro ano, Leiria Paredes com História já conquistou a população: “A informação que nos chega é de que é um trabalho de excelência, reconhecido pelas gentes de Leiria”, sublinha o curador, lembrando que o trabalho tem colocado a cidade no mapa da arte urbana.
“Leiria tem neste momento uma galeria que trabalha 365 dias por ano com artistas ligados à arte urbana, tem um roteiro com peças de um valor inquestionável no panorama do ‘street art’ mundial e cabe-nos a nós, agentes locais, valorizarmos e potenciarmos tudo aquilo que já foi feito”, conclui.