Projeto “Mar-Planície” junta cante alentejano e música improvisada em Évora

Data:

“Mar-Planície” é o novo projeto do saxofonista e compositor Carlos Martins que é apresentado hoje, em Évora, e que junta “pela primeira vez de forma sustentada o cante alentejano e a música improvisada”, segundo a organização.

O espetáculo, marcado para a Praça do Giraldo, considerada a “sala de visitas” da cidade alentejana, às 22:00, integra a edição deste ano do Festival Artes à Rua, organizado pela Câmara de Évora e que decorre até 05 de setembro.

“Mar-Planície” é um espetáculo que “junta pela primeira vez de forma sustentada o cante alentejano”, classificado como Património Imaterial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), “e a música improvisada, criando uma nova abordagem conjunta para a qual foi escrita música original”, segundo o comunicado que divulga o projeto.

Para esta “mistura de diferentes sonoridades”, o saxofonista e compositor Carlos Martins, ligado à área do jazz, convidou os músicos João Paulo Esteves da Silva, Carlos Barretto, Mário Delgado, Alexandre Frazão, Manuel Linhares, Joana Guerra e José Conde, além do Grupo Cantares de Évora.

A iniciativa conta também com a participação do escritor José Luís Peixoto, que criou de raiz os textos do projeto, bem como das modas que Carlos Martins escreveu para o Grupo Cantares de Évora e que hoje são interpretadas em palco, em estreia absoluta, realçou a organização.

A iniciativa integra igualmente uma componente visual que “mostra a essência do Alentejo” e que é “revelada através da lente do fotógrafo José Manuel Rodrigues”.

A proposta, resultante de uma encomenda do município, “aborda criativamente as possibilidades de diálogo entre o ego e a comunidade, tão complexo nos nossos dias, lançando pontes entre a improvisação e a criatividade social comunitária”, explicou a organização.

Segundo o comunicado, “o maior desafio para o compositor, também ele alentejano, foi escrever música” que contivesse “pistas para os códigos humanos ancestrais, propondo uma perspetiva de equidade entre práticas performativas e culturais, para acabar com os estereótipos de baixa e alta cultura” ou mesmo “de boas e más culturas”.

O espetáculo é “fruto da vontade de deixar uma obra global”, mas, ao mesmo tempo, “geoculturalmente referenciada no Sul e no Mediterrâneo”.

O criador pretende propor “uma nova abordagem ao cante alentejano, no seu alcance geográfico e espiritual, com todas as suas influências, como inspiração para a construção de um repertório em que, através da improvisação e do jazz, se possam desbravar novos caminhos”.

A “ideia central de composição” inspira-se na “tradição alentejana da respiração dos espaços e dos tempos, da luz e dos contrastes de sombra, da camaradagem e da construção humana da cultura e do universo”, frisou a organização.

“Vemos o mundo pelo filtro do Alentejo e vemos o Alentejo pelo filtro do mundo. Somos um coro de sons-palavras-imagens, temos uso para a sabedoria ancestral e para o agora do improviso, do instinto. Sabemos que o mar continua a planície, e vice-versa, um não existe sem o outro, são a mesma coisa”, escreveu José Luís Peixoto, no âmbito do projeto.

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.