O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai encerrar, a partir de terça-feira, devido ao começo da primeira de duas fases das obras de recuperação e manutenção.
“As obras vão ser efetuadas em duas fases. Nesta primeira intervenção ficará encerrada a galeria Soares dos Reis e parte da galeria de pintura (1.º andar). O restante museu continuará aberto ao público e o valor do bilhete normal será reduzido para três euros durante este período de obras”, acrescentou o museu, em comunicado.
A programação do ciclo “Quintas à noite no museu” vai contar, este ano, com duas sessões de cinema, realizando-se a última já no dia 08, mantendo-se as visitas guiadas às 18:00 e 21:00, exceto no feriado de dia 15 deste mês.
Em junho, a diretora do museu, Maria João Vasconcelos, tinha já antecipado o encerramento parcial, prevendo um prazo de seis meses para a realização das obras.
Segundo Maria João Vasconcelos, a verba para as obras de recuperação e manutenção das condições para a exposição permanente é na ordem de “um milhão de euros”, fruto de candidaturas a fundos europeus.
Primeiro museu público de arte do país, o Museu Nacional de Soares dos Reis foi fundado como Museu Portuense de Pinturas e Estampas, em 1833, com o objetivo de “recolher os bens confiscados aos conventos abandonados do Porto e aos extintos de fora do Porto (mosteiros de S. Martinho de Tibães e de Santa Cruz de Coimbra)”, como explica a página da instituição.
O museu adquiriu o estatuto de nacional em 1932, e mudou-se para o Palácio dos Carrancas oito anos depois, onde permanece desde então.
“No âmbito das Artes Plásticas salientam-se os núcleos de pintura e escultura do século XIX e primeira metade do XX. Nas Artes Decorativas distingue-se a cerâmica, com uma mostra de faiança nacional e porcelana oriental, e ainda peças de ourivesaria, joalharia, vidros e mobiliário dos séculos XVI a XIX”, pode ler-se na página da Direção-Geral do Património Cultural, que tutela o museu.
A coleção de pintura, em particular, é constituída por 2.500 objetos com datas do século XVI ao XX, destacando-se obras de Silva Porto, Marques de Oliveira, Henrique Pousão, Aurélia de Sousa e António Carneiro, entre outros.