O preço mediano de venda de habitação em Portugal aumentou para 1.011 euros por metro quadrado no primeiro trimestre deste ano, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), destacando o crescimento registado nos concelhos da Amadora e Porto.
Apesar de Lisboa continuar a registar os preços mais elevados do país, na ordem dos 3.111 euros por metro quadrado (€/m2), “Amadora (+22,7%) e Porto (+22,0%) registaram as taxas de crescimento homólogo mais elevadas entre as cidades com mais de 100 mil habitantes”, segundo as estatísticas de preços da habitação ao nível local, relativas ao primeiro trimestre deste ano.
De acordo com os dados do INE, o preço mediano de venda de habitação em Portugal foi de 1.011 €/m2 no primeiro trimestre deste ano, o que representa “um aumento de +1,5% relativamente ao trimestre anterior e +6,4% relativamente ao trimestre homólogo”.
Durante o período em análise, 46 municípios portugueses, localizados no Algarve (1.562 €/m2), na Área Metropolitana de Lisboa (1.355 €/m2) e na Região Autónoma da Madeira (1.197 €/m2), apresentaram um preço mediano de venda de habitação superior ao valor nacional.
Depois de Lisboa (3.111 €/m2), os concelhos com o preço mediano de vendas de habitação mais elevado do país, com valores acima de 1.500 €/m2, são Cascais (2.389 €/m2), Oeiras (2.062 €/m2), Loulé (1.983 €/m2), Lagos (1.800 €/m2), Albufeira (1.761 €/m2), Porto (1.682 €/m2), Tavira (1.669 €/m2), Odivelas (1.563 €/m2), Lagoa (1.544 €/m2), Funchal (1.542 €/m2) e Vila Real de Santo António (1.534 €/m2).
No concelho de Lisboa, três das 24 freguesias lisboetas verificaram “preços superiores a 4.000 €/m2”, designadamente Santo António, Santa Maria Maior e Misericórdia, apurou o INE.
Em relação ao Porto, entre as sete freguesias da cidade, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi a que registou o preço mediano dos alojamentos vendidos mais elevado (2.324 €/m2).
Produzidas pelo INE, as estatísticas de preços da habitação ao nível local em Portugal têm periodicidade trimestral, analisando os alojamentos familiares transacionados por venda no território nacional, através do aproveitamento de fontes administrativas, nomeadamente dos dados fiscais anonimizados obtidos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), relativos ao Imposto Municipal sobre as Transações Onerosas de Imóveis (IMT) e ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).