Seres vivos das areias dos Açores podem servir para monitorizar qualidade ambiental

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Os seres vivos que vivem nos grãos de areia dos Açores podem vir a ser utilizados para avaliar a qualidade ambiental, sendo ainda revelantes na cadeia alimentar das espécies, segundo uma investigadora da Universidade dos Açores.

Ana Cristina Costa, bióloga do Centro de Biodiversidade e Recursos Genéticos – CIBIO, da Universidade dos Açores, declarou que alguns destes seres vivos podem ser usados como “indicadores de qualidade ambiental”, promovendo-se uma monitorização de alguns ‘habitats’ de areia.

“Percebendo-se agora que existe uma meiofauna bastante rica, talvez se consiga utilizar estes seres vivos como indicadores de qualidade ambiental, através de uma monitorização destes ‘habitats’ de areia”, afirmou a investigadora.

Em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel está a decorrer um ‘workshop’ Internacional de meiofauna, denominado “Explorando a meiofauna marinha dos Açores – educação encontra a investigação”, que conta com a presença de 17 cientistas nacionais e estrangeiros, numa representação de oito países e diversas instituições.

A bióloga explicou que a meiofauna são seres vivos multicelulares que vivem entre os grãos de areia, de reduzidas dimensões, o que requer uma “ótica avançada” para a sua observação e alguns procedimentos para os retirar da areia, a par de uma especialização.

Apesar de se ter conhecimento nos Açores destes seres vivos, através de algumas extrações, Ana Cristina Costa refere que nunca se assistiu à oportunidade de concentrar no arquipélago tantos especialistas, o que “permite que já existam imensos novos registos na região”, havendo possivelmente várias novas espécies, algo agora a confirmar com posteriores trabalhos científicos.

Além do seu interesse em termos de biodiversidade, a bióloga destaca a sua importância ecológica porque estes seres vivos “servem de alimento a muitos outros organismos que são explorados comercialmente”.

Estes seres vivos contribuem também para a monitorização ambiental de substratos móveis para calcular índices de qualidade, por exemplo, mas a investigadora refere que nos Açores “não existe grande macrofauna de substrato móvel”, sendo esta “muito pobre”, algo que agora pode mudar.

No ‘workshop’ que se prolonga até quarta-feira, participam 22 alunos/investigadores de pós-graduação de nove nacionalidades, numa inicitiva que conta com financiamento do Governo Regional dos Açores e da Fundação Volkswagen, tendo este sido organizado, entre outros, pelo CIBIO-Açores, Universidade de Munique e de Hamburgo.

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