Um sítio Património Mundial da UNESCO é um local de importância mundial para a preservação dos patrimónios históricos e naturais de diversos países, tal como descrito na Convenção da UNESCO para o Património Mundial, estabelecida em 1972. Portugal tem 17 sítios inscritos na lista, 16 culturais e um natural, de acordo com os critérios de selecção. Três estão localizados nos arquipélagos dos Açores e Madeira, e um outro partilhado com Espanha. Deixamos aqui a lista completa destes sítios, quem sabe se agora, em tempo de férias, não dará para fazer um roteiro para os ficar a conhecer…
Situada numa das ilhas do arquipélago dos Açores, era um porto obrigatório desde o séc. XV até ao surgimento do barco a vapor no séc. XIX. As fortificações São Sebastião e São João Baptista, com 400 anos, são exemplos únicos de arquitectura militar. Danificada por um terremoto em 1980, Angra está ser restaurada.
Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações
O sitio, extensivamente fortificado entre o séc. XVII e o séc. XIX, e representa o maior sistema de fortificações abaluartadas do mundo. No interior das muralhas, a cidade inclui grandes casernas e outras construções militares bem como igrejas e mosteiros. Enquanto Elvas conserva vestígios que remontam ao século X, as suas fortificações datam da época da restauração da independência de Portugal em 1640.
Região Vinhateira do Alto Douro
O vinho tem sido produzido pelos donos da terras no Douro há mais de 2,000 anos. Desde o séc. XVIII, o seu principal produto, o Vinho do Porto, é mundialmente famoso devido à sua qualidade. Esta longa tradição de vinicultura produziu uma paisagem cultural de uma beleza estonteante, que reflecte a sua evolução económica, tecnológica e social.
Centro Histórico de Évora
Esta cidade-museu, cujas raízes vão até aos tempos do Império Romano, alcançou a sua época dourada durante o séc. XV, quando se tornou a residência dos Reis de Portugal. Sua qualidade única deriva desde as casas caiadas de branco decoradas com azulejos às varandas em ferro forjado datadas desde o séc. XVI ao séc. XVIII.
Convento de Cristo em Tomar
Desenhado originalmente para ser um monumento para simbolizar a Reconquista, o Convento dos Cavaleiros Templários de Tomar (transferido em 1344 para os Cavaleiros da Ordem de Cristo) acabou por simbolizar exactamente o contrário durante o período Manuelino – a abertura de Portugal a outras civilizações.
Paisagem Cultural de Sintra
No séc. XIX, Sintra tornou-se o primeiro centro da Arquitectura Romântica Europeia. Fernando II, transformou um mosteiro em ruínas num castelo, em que esta nova sensibilidade deixa-se ver pelo uso de elementos do estilo Gótico, Egípcio, Mourisco e do Renascimento, e a criação de um parque que mistura espécies exóticas com as locais. Outras habitações luxuosas, foram construídas pela mesma linha ao longo da serra, criando uma combinação única de jardins e parques que acabaram por influenciar a arquitectura paisagística por toda a Europa.
Centro Histórico do Porto, Ponte Luís I e Serra do Pilar
A cidade do Porto, construída sobre as colinas com vista para o rio Douro, é uma ilustre paisagem urbana com mais de 2,000 anos de história. O seu continuo crescimento, ligado ao mar (os Romanos chamavam-lhe Portus, ou porto), pode ser visto nos muitos e variados monumentos, desde a catedral com o seu coro Romanesco, ao Neo-Clássico Palácio da Bolsa até ao estilo manuelino tipicamente português da Igreja de Santa Clara.
Mosteiro da Batalha
O Mosteiro dos Dominicanos da Batalha, foi construído para comemorar a vitória portuguesa sobre Castela na batalha de Aljubarrota em 1385. Era para ser o principal projecto de construção da monarquia Portuguesa para os próximos dois séculos. Aqui um estilo Gótico nacional e muito original evoluiu, profundamente influenciado pela arte Manuelina, como demonstrado na sua obra-prima, o Claustro Real.
Centro Histórico de Guimarães
A cidade histórica de Guimarães está associada à emergente identidade nacional de Portugal no séc. XII. Excepcionalmente bem preservada e um belo exemplo da evolução de uma colónia medieval para uma cidade moderna, a sua rica tipologia edificada exemplifica o desenvolvimento específico da arquitectura portuguesa do séc. XV ao séc. XIX, através do uso consistente de materiais de construção e técnicas tradicionais.
Mosteiro de Alcobaça
O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, a norte de Lisboa, foi fundado no séc. XII pelo Rei Afonso I. Seu tamanho, a pureza do seu estilo arquitectónico, a beleza dos materiais e o cuidado com que foi construído tornam esta uma obra-prima da arte gótica cisterciense.
O sitio de 987 ha na ilha vulcânica do Pico, a segunda maior do arquipélago dos Açores, compreende uma rede espectacular de largos muros de pedra, amplamente espaçados e paralelos com a orla oceânica, que vão desde a costa ao interior da ilha. Os muros foram construídos para proteger os pequenos e contíguos currais do vento e da água do mar. Evidencias desta vinicultura, cujas origens remontam ao séc. XV, manifesta-se no conjunto extraordinário de campos, casas e mansões do início do séc. XIX, adegas, igrejas e portos. Trabalhada pelo homem, esta paisagem de extraordinária beleza é o melhor vestígio subsistente de uma prática agrícola muito comum noutros tempos. ”
Laurissilva da Madeira
A Laurissilva da Madeira é uma extraordinária relíquia de um tipo de floresta laurissilva anteriormente muito difundida. É a maior área de floresta laurissilva sobrevivente e acredita-se que 90% seja floresta primária. Contém um conjunto exclusivo de plantas e animais, incluindo muitas espécies endémicas, como o pombo-torcaz da Madeira.
Arte Rupestre do Vale do Côa
Os dois sítios pré-históricos de arte rupestre no Vale do Côa (Portugal) e Siega Verde (Espanha) estão localizados nas margens dos rios Águeda e Côa, afluentes do rio Douro, documentam a ocupação humana contínua a partir do final do Paleolítico. Centenas de painéis com milhares de figuras de animais (5,000 em Foz Côa e cerca de 440 em Siega Verde) foram esculpidos ao longo de vários milénios.
Universidade de Coimbra – Alta e Sofia
Situada numa colina com vista para a cidade, a Universidade de Coimbra e as suas Faculdades, crescerem e evoluiram durante mais de sete séculos dentro da cidade velha. (…) Os edifícios da Universidade tornaram-se referencia no desenvolvimento de outras instituições de ensino superior no mundo lusófono, exercendo uma grande influência sobre a aprendizagem e a literatura. Coimbra oferece um excelente exemplo de uma cidade universitária integrada com uma tipologia urbana específica, bem como as suas próprias tradições cerimoniais e culturais que foram mantidas vivas através dos tempos.
Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém
Junto à entrada do porto de Lisboa, o Mosteiro dos Jerónimos – começou a ser construído em 1502 – exemplifica a arte portuguesa no seu melhor. A vizinha Torre de Belém, construída para comemorar a expedição de Vasco da Gama, é um lembrança das grandes descobertas marítimas que lançaram as bases do mundo moderno.
Os mais recentes a serem sido classificados…
Santuário do Bom Jesus do Monte
A localização do santuário num monte, sendo parte integrante da cidade de Braga, e numa relação harmoniosa com a natureza é um dos seus principais atributos. É um dos melhores exemplos de santificação da paisagem num esquema que usa os elementos naturais da montanha (vegetação, rochas, água) para a implementação de um programa religioso, a representação de Jerusalém.
Convento de Mafra
O edifício tem uma presença monumental imponente, fruto do seu projecto arquitectónico excepcional, particularmente a parte central, a Basílica, e uma escolha criteriosa de materiais e de elementos decorativos, que forneceu-lhe um esplendor quase único na Europa do seu dia: mármores policromáticos de diferentes origens; o grupo notável de esculturas no pórtico da Igreja – o maior de seu tipo no mundo