Portugueses no Reino Unido contribuem para rebanho de cabras sapadoras em Penacova

Data:

Uma associação de portugueses residentes no Reino Unido vai financiar a construção de instalações para acolher um rebanho comunitário de cabras sapadoras na aldeia de Miro, concelho de Penacova, para ajudar na prevenção de incêndios florestais.

A associação Diáspora por Portugal Sem Fogo – UK vai doar 500 euros ao Grupo de Solidariedade Social, Desportivo, Cultural e Recreativo de Miro para completar a construção do cabril que protege o rebanho, formado atualmente por 10 animais.

Uma das dirigentes do grupo de portugueses residentes no Reino Unido, Diana Gomes, disse à agência Lusa que a associação teve conhecimento do projeto “um pouco por acaso, através do Facebook” e que teve particular repercussão porque alguns dos membros são originários das regiões de Coimbra e Penacova.

“Após conhecer o senhor Manuel Nogueira em pessoa, no início de junho, e perceber a imensa energia e dinamismo que ele traz à terra e habitantes da zona, ficámos ainda mais inspirados e determinados a ajudar”, explicou.

O projeto foi lançado este ano com o objetivo de combater o “crescimento desmesurado de matos e árvores invasoras, que se tornam num perigo constante de combustíveis inflamáveis junto a aglomerados populacionais”.

Segundo uma apresentação na plataforma PPL para angariar apoios através do financiamento coletivo, a escolha das cabras baseou-se no facto de se adaptarem facilmente às encostas de declives acentuados e de acesso difícil em redor da aldeia de Miro.

A campanha iniciada em março deste ano pretendia 5.000 euros, mas ficou-se pelos 60 euros, tendo os 500 euros oferecidos pelos emigrantes sido o maior até agora.

O objetivo do Grupo de Solidariedade Social, Desportivo, Cultural e Recreativo de Miro é ter um rebanho de, pelo menos, 30 cabras, mas a aquisição dos animais requer mais fundos, além dos custos com material de proteção, como vedações.

O modelo tem vindo a ser aplicado em várias localidades portuguesas, tendo o Ministério da Agricultura divulgado no final de maio que, ao longo de 2018, aprovou 78 projetos “cabras sapadoras”.

A aldeia de Miro, habitada por cerca de 200 pessoas, está localizada numa zona florestal, tendo sido afetada regularmente por incêndios na última década, os quais obrigaram à retirada de emergência dos residentes do lar de idosos, a última das quais durante o incêndio de 15 de outubro de 2017.

O dinheiro foi angariado sobretudo num jantar realizado no final de 2017, na sequência dos incêndios de outubro do mesmo ano no centro de Portugal, dos quais resultaram 50 mortos e 70 feridos, que se somaram aos 66 mortos e 253 feridos do fogo em Pedrógão Grande e municípios vizinhos, em junho.

A associação sem fins lucrativos foi constituída por um grupo de portugueses residentes no Reino Unido, incluindo alguns bombeiros voluntários, com o objetivo de procurar meios inovadores para a prevenção e combate aos incêndios, incluindo o uso de novas tecnologias.

“Ainda estamos a debater a forma mais eficaz de contribuir na área dos drones, mas para já percebemos que estas iniciativas têm um custo elevado e infelizmente um resultado ainda não “provado”. As cabras sapadoras são algo mais concreto e que sabemos que funciona”, explicou hoje Diana Gomes.

Durante este ano letivo, a associação promoveu também a troca de correspondência entre alunos em Atenas e Penacova sobre a temática de incêndios, tendo em conta o impacto dos incêndios mortais de 2017 em Portugal e de 2018 em Mati, perto da capital grega.

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.