Anadia terá equipas de vigilância móvel florestal a partir de 1 de julho, data em que entra também em funcionamento o posto de vigia do Moinho do Pisco, sob responsabilidade da GNR.
“A vigilância móvel visa detetar eventuais focos de incêndio que possam vir a provocar incêndios de grandes dimensões, cujas consequências poderão afigurar-se catastróficas”, refere a autarquia do distrito de Aveiro presidida pela independente Teresa Cardoso, adiantando que estas ações de vigilância vão prolongar-se até 30 de setembro.
Para assegurar estas ações de vigilância, o município vai celebrar um protocolo de colaboração com quatro associações das freguesias de Avelãs de Cima, Moita e Vila Nova de Monsarros, atribuindo a cada uma um apoio financeiro de 14 mil euros, num valor total de 56 mil euros.
De acordo com o protocolo, serão criadas oito equipas, de dois vigilantes, que irão exercer as ações de vigilância móvel nesta mancha florestal a nascente do concelho de Anadia.
Além do apoio financeiro, o município irá ainda disponibilizar as viaturas motorizadas e o respetivo equipamento de comunicações à Associação Cultural e Recreativa de Algeriz, Associação de Apoio Florestal e Ambiental de Avelãs de Cima, Associação de Proteção Florestal do Corgo, Pardieiro, Boialvo, Mata, Figueira e Candieira e a Associação de Voluntários de Ferreiros.
A ação de vigilância será efetuada em coordenação com os Bombeiros Voluntários de Anadia e com a Guarda Nacional Republicana (GNR), a quem caberá a responsabilidade de funcionamento do posto de vigia do Moinho do Pisco, que será integrado em 2020 na Rede Nacional de Postos de Vigia (RNPV), constituída por 237 postos de vigia espalhados por todo o país.
Os municípios de Anadia, Águeda, Mealhada e Mortágua financiaram a reconstrução do posto de vigia do Moinho do Pisco, situado em Avelãs do Caminho, numa zona com vistas para os quatro concelhos.
A reconstrução do posto de vigia foi feita pela Câmara de Anadia, tendo cabido a cada um dos restantes concelhos uma contribuição financeira de 5.300 euros, num investimento total de 21.200 euros.
Anadia aprovou em fevereiro um novo Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), que, entre outras medidas, define novas regras de limpeza das faixas de gestão de combustíveis.
O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios terá uma validade de dez anos e tem como objetivo principal preservar a mancha florestal, que ocupa metade dos 216 km2 do concelho, tendo grande peso na economia local e no setor primário.
O PMDFCI é constituído por dois cadernos técnicos onde é efetuado o diagnóstico do concelho de Anadia em matéria de Defesa da Floresta Contra Incêndios, acompanhado de medidas de ação em cinco eixos estratégicos.