Porquê Portugal é o terceiro país mais seguro do mundo?

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O Índice Global de Paz 2019, coloca Portugal no terceiro lugar entre os países mais seguros do mundo, atrás apenas da Islândia e da Nova Zelândia. Em 2013 Portugal ocupava o 18º lugar entre 163 países.

Segundo o Índice Global de Paz, divulgado este mês, Portugal é o terceiro país mais seguro do mundo. Subiu uma posição em comparação com o ano anterior.
Segundo o 13º relatório anual do Índice Global de Paz (GPI), elaborado pelo Instituto para Economia e Paz sediado em Sydney, Austrália, a Europa continua a ser a região mais pacífica do mundo, registando uma ligeira melhoria, e a região do Médio Oriente e Norte de África ainda é a menos pacífica.
O instituto também registou que o nível médio de paz global melhorou ligeiramente, pela primeira em cinco anos. A pontuação média de cada país melhorou em 0,09%, com 86 países a terem uma melhoria e 76 a registar um agravamento.
No total, 22 dos 36 países europeus registaram melhorias no GPI de 2019 face ao ano anterior.
A Islândia continua a ser o país mais pacífico do mundo, uma posição que ocupa desde 2008, e o Afeganistão é agora o país menos pacífico, substituindo a Síria.
De acordo com o GPI, o Butão registou a maior melhoria de qualquer país no “top 20”, subindo 43 lugares nos últimos 12 anos.
Nos últimos lugares da lista estão o Iraque (159), o Iémen, o Sudão do Sul, a Síria e o Afeganistão (163). É o primeiro ano, desde o início do índice, que o Iémen foi classificado entre os cinco países menos pacíficos.
O GPI de 2019 revelou ainda um mundo em que os conflitos e crises que surgiram na década passada começaram a diminuir, mas novas tensões surgiram dentro e entre as nações.
O aumento da tranquilidade foi o resultado de uma redução na gravidade de vários conflitos em todo o mundo, o que levou a uma diminuição das mortes por conflitos internos.

Portugal consolida imagem de segurança

No Índice Global de Paz 20189, Portugal ocupa a 3ª posição, seguindo-se Áustria, Dinamarca e Canadá, enquanto a Alemanha surge em 22º lugar e a Espanha em 32º.
A subida de Portugal no ranking dá conta de melhorias do país em 12 dos 23 indicadores usados no Índice Global de Paz para elaborar a lista.
Apesar deste desempenho, Portugal está entre os países em que as perceções de segurança entre homens e mulheres são mais díspares – acima de 22 pontos percentuais de diferença.
Já no que toca à política internacional, Portugal aparece como um dos três países em que a perceção em relação à liderança americana mais se degradou – a par da Bélgica e da Noruega. Uma quebra que excede os 40 pontos percentuais.
“Apesar do aumento na importação de armas e do número de agentes de segurança interna e de polícias por cada 100 habitantes, todos os outros indicadores melhoraram ou permaneceram inalterados”, indica o estudo sobre Portugal.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, argumentou que Portugal tem evoluído “muito significativamente” ao nível da segurança.
À margem da cerimónia de entrega de 224 novas viaturas à GNR, Eduardo Cabrita considerou aos jornalistas que, o facto de o país estar em “3º, 4º ou 5º” não é importante, porque o que é “muito significativo” é que Portugal tenha vindo, “gradualmente, ano a ano, a consolidar esta imagem” de segurança.
Portugal evoluiu muito significativamente, temos tido, ano a ano, uma redução da criminalidade geral e violenta, isso tem sido reconhecido” e “é muito importante, antes de mais para os portugueses, mas também para a imagem do país”, defendeu.
Para o governante, a evolução de Portugal no ranking ao longo dos anos deve-se ao “investimento” na área e a “uma grande coordenação de meios entre as várias forças” de segurança, nomeadamente GNR, PSP, Serviços de estrangeiros e Fronteiras e Polícia Judiciária.
O ministro referiu que, sempre que participa “em reuniões internacionais, a imagem que é sempre associada a Portugal” é “uma imagem de segurança e os portugueses, hoje, cada vez mais, têm a consciência disso”.

Portugal surge atrás apenas da Islândia e da Nova Zelândia. Em relação a 2018, Portugal subiu uma posição. Em 2013 ocupava o 18º lugar

Nível médio de pacificação global melhorou

O Índice de Paz Global (GPI, na sigla em inglês), produzido pelo Instituto de Economia e Paz, classifica 163 países de acordo com 23 indicadores qualitativos e quantitativos de paz.
Esta é a décima terceira edição do GPI e apresenta a mais detalhada análise orientada por dados até à data sobre a paz, o seu valor económico, as tendências e as formas de desenvolver sociedades pacíficas.
O GPI cobre 99,7 por cento da população mundial e mede o estado de paz usando três domínios temáticos:, o nível de segurança social, a extensão do conflito interno e internacional e o grau de militarização de cada país.
Além de apresentar os resultados do GPI deste ano, o relatório deste ano inclui a análise das tendências da chamada ‘Paz Positiva’: as atitudes, instituições e estruturas que criam e sustentam sociedades pacíficas.
“Os resultados deste ano mostram que o nível médio de pacificação global melhorou muito ligeiramente em 2019. Foi a primeira vez que o índice melhorou em cinco anos. A pontuação média por país melhorou em 0,09 por cento. O GPI 2019 revela um mundo em que os conflitos e crises que surgiram na passada década começaram a diminuir, mas surgiram novas tensões dentro e entre as nações”, lê-se no documento.
No GPI 2019, 86 países melhoraram o seu índice de paz, enquanto que em 76 países este deteriorou-se. A maior melhoria foi registrada no indicador ‘Militarização’, com 98 países a registar melhorias na paz.
A segurança também melhorou ligeiramente com base em reduções substanciais de terrorismo político e refugiados e deslocados internos. No entanto, estas melhorias foram infelizmente compensadas com o aumento de criminalidade e encarceramento.
Foram 92 os países que melhoraram as suas pontuações no impacto do terrorismo, mantendo uma tendência dos últimos cinco anos que começou após as mortes por terrorismo que atingiram o pico em 2014. No entanto, a pontuação média do terrorismo deteriorou-se devido a um grande aumento do seu impacto em alguns países.

Europa é a região mais pacífica do mundo

A Europa continua a dominar o topo do índice, representando 17 dos 25 países mais pacíficos.
A região mais pacífica do mundo tornou-se ainda um pouco mais pacífica, em média. Em 22 dos 36 países da Europa, o índice de paz subiu. Apenas a Turquia, em 152º lugar, está classificada entre os 50 países menos pacíficos.
A maioria dos aspectos associados ao domínio ‘Segurança’ melhorou, especialmente o terror político e o impacto do terrorismo. A maioria países da Europa, para além da Turquia, registam níveis baixos de ‘terror’, onde se inclui prisão política, desaparecimentos e tortura. As pontuações pioraram para este indicador em apenas quatro países, enquanto nove melhoraram.
Vinte e quatro países tiveram uma redução no impacto do terrorismo em 2019, entre eles Chipre, Bósnia e Herzegovina, Grécia, Espanha, Dinamarca e Turquia – mesmo assim este país tem o pior índice de terrorismo na Europa. Apenas oito países registaram aumentos no terrorismo, incluindo os Países Baixos, a Letónia, a Polónia, a Noruega e a Sérvia.

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