O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, recebeu hoje o Prémio Carlos Magno, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker e do rei de Espanha, Felipe VI.
A cerimónia foi realizada no salão de coração da câmara de Aachen, Alemanha, a localidade alemã que foi outrora sede do império daquele que é considerado o ‘pai da Europa’ (Carlos Magno).
António Guterres é o primeiro português a receber o prestigiado prémio internacional, atribuído desde 1950 a personalidades que tenham contribuído para a unidade do continente europeu.
A atribuição do galardão de 2019 ao antigo primeiro-ministro e Alto Comissário da ONU para os Refugiados, foi divulgada em janeiro deste ano pelo comité que preside ao Prémio Carlos Magno, considerando António Guterres como “um destacado defensor do modelo europeu de sociedade, do pluralismo, tolerância e diálogo, de sociedades abertas e solidárias, do fortalecimento e consolidação da cooperação multilateral”.
O discurso laudatório foi proferido pelo rei de Espanha, Felipe VI, que afirmou que a atribuição do prémio ao secretário-geral da ONU “é o tributo perfeito aos muitos méritos de António Guterres”, que comparou aos navegadores portugueses da época dos Descobrimentos.
“Fico muito orgulhoso enquanto espanhol e amigo de Portugal, e também como europeu, que António Guterres receba este ano o Prémio Carlos Magno”, declarou Felipe VI.
Lembrando que se trata do primeiro português a receber o prestigiado prémio, que distingue personalidades que tenham contribuído para a unidade da Europa, Felipe VI não poupou elogios ao antigo primeiro-ministro português e, citando Fernando Pessoa – “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena” -, o rei de Espanha afirmou que “a alma de António Guterres é imensa, assim como são a sua sabedoria, experiência e paixão com que defende os seus ideais”.
O Prémio Carlos Magno já distinguiu no passado figuras como Winston Churchill, Robert Schuman, Jacques Delors, Bill Clinton, Jean-Claude Juncker, Angela Merkel e os papas Francisco e João Paulo II.
O galardão consta de uma medalha, um pergaminho e o montante simbólico de 5.000 euros.
António Guterres recebeu hoje prémio pela defesa dos valores europeus
