A história do Palácio da Cidadela, na vila de Cascais remonta ao tempo da fortaleza onde está inserido e começa em 1488, no reinado de D. João II, quando é construída a torre de Santo António – uma estrutura militar.
Em 1641, um ano após a restauração da independência do domínio espanhol, já com o rei D. João IV, iniciou-se a construção da grande Cidadela. Nessa altura adquiriu, no essencial, o aspeto que hoje mantém: a porta de armas, as muralhas e as baterias (lugar de onde se disparavam os canhões), os edifícios e a capela de Nossa Senhora da Vitória.
E até aos dias de hoje, a história do palácio da Cidadela cruzou-se com a história de reis e chefes de Estado portugueses
De antiga casa do governador da fortaleza, passou a ser conhecido, em 1870, como Real Paço de Cascais, no reinado de D. Luís. Com D. Carlos, Cascais e a Cidadela ganharam uma nova vida, graças à moda da ‘ida a banhos’.
Em 1910, na mudança de regime, transitou para a Presidência da República, e foi utilizado pontualmente por chefes do Estado.
Foi habitado por vários Presidentes da República Portuguesa – de Manuel de Arriaga a Bernardino Machado, na I República, ou Óscar Carmona que ali fixou residência oficial, durante o Estado Novo.
Depois, o Palácio passou por um longo período de incerteza e de quase abandono, mas em 2004, o Museu da Presidência da República iniciou um estudo aprofundado sobre aquele edifício histórico que permitiu reconstituir a sua memória histórica, na sua dimensão construtiva, artística, iconográfica e vivencial.
Por iniciativa do então Presidente Aníbal Cavaco Silva, passou por um processo de reabilitação conduzido pela Presidência da República, entre 2077 e 2011, com verbas disponibilizadas pelo Turismo de Portugal, que culminou na sua abertura ao público em 2011 e pela primeira vez na história.
Por recantos de património
O Palácio da Cidadela de Cascais oferece um programa cultural variado, como exposições temporárias e visitas guiadas ao palácio e capela. O objetivo é dar a conhecer um património de grande significado, pela sua história, arquitectura e localização privilegiada na baía de Cascais.
Há três espaços de particular interesse: a Sala Árabe, construída na década de 1870 para D. Luís e D. Maria Pia, com o teto a reproduzir um padrão do Palácio de Alhambra, em Espanha; a Sala de Jantar, com decoração de finais do século XIX, já no reinado de D. Carlos e onde sobressaem os trabalhos em madeira do teto, aparadores e paredes; o Pátio de Honra, que no reinado de D. Luís passou a unir três corpos distintos da fortaleza para formarem o então Real Paço da Cidadela – a bateria (à esquerda), a casa do governador (ao centro) e o pavilhão de Santa Catarina (à direita).
Os visitantes podem percorrer as salas de aparato do Palácio, a capela de Nossa Sra. da Vitória, o antigo quarto do rei D. Luís ou a sala árabe, que serviu de gabinete de trabalho ao Presidente Craveiro Lopes.
As marcações são efectuadas através do número de telefone 213614980, do email museu@presidencia.pt ou ainda presencialmente na Loja do Museu no Palácio da Cidadela.
A visita guiada ao Palácio da Cidadela acontece de quarta-feira a domingo (excepto feriados) pelas 11h30, e não há limite mínimo de visitantes. A entrada é feita pela Avenida D. Carlos ou pelo Passeio Maria Pia.
O Palácio da Cidadela está aberto de terça-feira a domingo, das 10h às 13h e das 14h às18h. Encerra à segunda-feira e nos feriados de 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro.
As visitas ao palácio custam 4 euros para o público geral, 2,5 euros para estudantes, idosos e reformados. Os bilhetes família custam 12 euros (5 pessaos) e 20 euros (9 pessoas).
O bilhete conjunto para visitas ao palácio e às exposoções temporárias custa 5 euros para o público geral, 3,5 euros para estudantes, idosos e reformados. Os bilhetes família custam 15 euros (5 pessaos) e 25 euros (9 pessoas).
As entradas são gratuitas para crianças até aos 14 anos.