A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) recomenda que os portugueses que têm um telemóvel da marca chinesa Huawei aguardem por mais desenvolvimentos e não sejam precipitados antes de tomarem qualquer decisão relativamente aos seus aparelhos.
“O caso que tem dominado esta semana já sofreu várias evoluções. Por isso, aconselhamos os consumidores a aguardarem por mais desenvolvimentos antes de tomarem qualquer decisão em relação aos seus aparelhos da Huawei”, pode ler-se num artigo divulgado pela DECO – que está a ser constantemente atualizado sobre o conflito.
A associação de defesa do consumidor está, inclusive, a trabalhar com “outras organizações europeias de defesa do consumidor para que a situação entre a Google e a Huawei não tenha impacto negativo para o consumidor”, pode ler-se no comunicado.
A polémica com a Huawei ‘estalou’ a 15 de maio, quando o governo dos Estados Unidos decidiu juntar o gigante tecnológico chinês à lista negra das transações de hardware e software entre empresas norte-americanas e empresas consideradas de risco (norte-americanas ou estrangeiras, que requerem autorização especial).
Os EUA consideraram a empresa chinesa um “adversário estrangeiro” que pode representar um “risco inaceitável” para a segurança nacional, incluindo sabotagem e ciberespionagem.
“As notícias mais recentes, de 21 de maio, dão conta da decisão dos EUA suspenderem por 90 dias a aplicação de sanções à Huawei. Desta forma, os clientes terão tempo de encontrar outros fornecedores para evitar interrupções nos serviços de telecomunicações mais críticos”, refere também a nota.