O Grupo Nabeiro – Delta Cafés apresentou na Estufa Fria em Lisboa a estratégia global de sustentabilidade do Grupo. A apresentação contou com a presença do Primeiro Ministro António Costa, com a presença do Ministro adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira, o presidente da Câmara de Lisboa – Fernando Medina, o presidente da Câmara de Campo Maior Ricardo Furtado Pinheiro a presença Presidente do Conselho de Administração do Grupo Nabeiro- Delta Cafés, Rui Nabeiro e restantes membros da Administração, como seu pai Rui Nabeiro e o patriarca da família e fundador da Delta o comendador Rui Nabeiro.
Perante uma plateia de mais de 500 pessoas em que se destacavam os colaboradores do Grupo Nabeiro, o dia foi de novidades com o anúncio da “Nova Cápusla de Delta Q” 100 de origem orgânica, um nova cápsula desenvolvida pelo Centro de Inovação em conjunto com parceiros externos portugueses com 0% plásticos, 0% micro-plásticos e 0% alumínio, Rui Nabeiro anunciou que a empresa tem como objetivo transformar os cartuchos atuais de café para uns 100% biodegradáveis como parte da nova estratégia sustentável da empresa, nos próximos anos. A sustentabilidade foi o tema da palestra e o jovem CEO da empresa- Rui Nabeiro refere “Hoje vamos falar de sustentabilidade em todas as vertentes: económica, social, ambiental. As novas cápsulas de café da empresa estão agendadas para dar entrada no mercado ainda este ano e foram desenvolvidas pelo Centro de Inovação do Grupo Nabeiro, a Diverge, em conjunto com parceiros externos e Centros de Investigação nacionais. O café destas novas cápsulas “será de origem biológica e será lançada no mercado ao longo do segundo semestre deste ano”, explicou. “Queremos assumir um compromisso de em 2025 ter 100% das nossas cápsulas já neste formato biodegradável”, anunciou aos presente, tudo em nome da sustentabilidade deste planeta o único em que vivemos iremos viver. Mas falar de café é falar das suas borras de café e aí está mais um parceria e uma inovação com a utilização das “borras de café” para o cultivo de cogumelos. A Delta apresentou assim uma parceria com a ‘startup’ NÃM, do belga Natan Jacquemin, considerado um “exemplo de economia circular”, que produz cogumelos utilizando as borras de café.
Café produzido nos Açores
Porém a outra grande novidade foi a apresentação e assinatura de um protocolo de parceria com a Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC) e que vai possibilitar a produção, torra e comercialização do primeiro e único café da Europa e português. José Bernardo, presidente da APAC nas suas palavras frisou “Um dia o seu café com leite dos Açores também vai ter café produzido no arquipélago.” Assim a Delta tem um compromisso de 15 anos para ajudar até 500 produtores de café da região a melhorar a sua capacidade de produção, anunciou Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo Nabeiro “E com esta parceria nós vamos passar a beber aqui café dos Açores”, destacou o Primeiro Ministro António Costa. “Vai ser certamente um grande compromisso para a sustentabilidade futura da região dos Açores”, que não pode assentar exclusivamente na monocultura da vaca leiteira. A aposta do Grupo Nabeiro surgiu depois de duas missões no terreno para averiguar da capacidade de produção de café no arquipélago. Os Açores produzem cerca de 9 toneladas, sobretudo para consumo doméstico, através de 20 a 30 produtores, diz Rui Miguel Nabeiro.
O objetivo com este acordo com Associação de Produtores Açorianos de Café (APAC) é aumentar a produção na região, a única na Europa a produzir café, e ajudar até 500 produtores em todas as ilhas, embora hoje esteja concentrada na Terceira a maior produção e em S. Jorge. José Bernardo referiu “Nos sozinhos não íamos a lado nenhum. O compromisso fechado com a Delta vai ajudar a aumentar os rendimentos das famílias, “algumas delas só produtoras de café a tempo parcial”. “Não queremos acabar com a produção da vaca leiteira, mas complementar”, frisa. Delta Cafés irá apoiar os associados da APAC em todas as fases de produção de café: desde a introdução de novas variedades de café competitivas e economicamente viáveis, passando pelo aconselhamento técnico e pelo apoio na comercialização, até à elaboração de um plano estratégico para toda a cadeia produtiva do café, promovendo um sector socioeconómico rentável. Rui Miguel Nabeiro não arrisca valores de produção, mas garante que a companhia tem o compromisso para a compra deste café. O administrador não adianta uma data para a produção dos Açores começar a ser comercializado na oferta da Delta. A Delta levou aos Açores uma equipa de brasileiros especialistas em café e chegou à conclusão de que é possível produzir café em massa no arquipélago e lançar uma marca 100% portuguesa, única na Europa.
“Não sabemos quando é que o café açoriano vai chegar às lojas. Há muito trabalho ainda a fazer. Trouxemos uma equipa do Brasil que está nos Açores a fazer um levantamento das necessidades. Esta equipa já percebeu que é possível fazer produção em massa de café nos Açores”, contou Rui Nabeiro.
Voltando à sustentabilidade e a um planeta mais limpo, para além das cápsulas sustentáveis, a Delta Cafés pretende reforçar a frota elétrica da empresa, “atualmente 20% da frota comercial é elétrica, sendo que 100% da frota em Lisboa é elétrica”, explicou. “Em 2025, queremos ter 100% da nossa frota comercial ativa elétrica”, acrescentou o CEO, bem como a instalação e painéis solares para auto consumo nos seus principais centros
António Freitas