Chegar às comunidades luso-americanas da Califórnia é um dos objetivos da estratégia internacional do grupo Super Bock, disse à Lusa o diretor de novos mercados da cerveja portuguesa, Ricardo Figueiredo Silva. O responsável afirmou que está em curso “um plano de expansão nos EUA” através do importador ‘United States Beverage’, com quem o grupo Super Bock trabalha há cerca de um ano.
O investimento segue-se à aposta na costa Leste dos Estados Unidos no ano passado, que se focou em Nova Jersey, Massachusetts, Rhode Island e Nova Iorque. “Estamos agora a apostar na costa Oeste, em particular na Califórnia, onde existe uma forte comunidade portuguesa”, disse Ricardo Figueiredo Silva.
A ‘United States Beverage’ vai ter a colaboração de Alexander Dias, CEO da empresa ‘Earth Delicacies’ e dono da marca de ginjinha de Óbidos Ginja9, exclusivamente criada para o mercado norte-americano.
“A ideia é reforçar a presença nos Estados Unidos”, disse à Lusa o responsável luso-americano, que será o principal gestor de conta na promoção da Super Bock na Califórnia.
Uma das suas prioridades será colocar a cerveja nos salões de organizações luso-americanas e nas festas dedicadas à cultura portuguesa na Califórnia.
O responsável apontou para o facto de não ser permitido vender cerveja em garrafas nos festivais da Califórnia, uma vez que o regulador do mercado, ‘California Department of Alcoholic Beverage Control’, “obriga a que seja servida em copo” e isso implica que haja barris disponíveis nas tendas de comida e bebida.
Esta situação explica que, mesmo nos festivais da comunidade portuguesa, as cervejas vendidas à pressão sejam normalmente americanas.
“Estou a começar negociações com os salões para comprarem os barris”, explicou Alexander Dias, referindo que alguns dos restaurantes luso-americanos mais conceituados da costa Oeste, como o ‘Adega’ em São José e o ‘Uma Casa’ em São Francisco, já demonstraram interesse em passar a disponibilizar a cerveja portuguesa neste formato.
Ricardo Figueiredo Silva afirmou que o grupo acredita “na força competitiva de Super Bock no mundo” e que este investimento na costa Oeste está a ser feito “a par de outras geografias emergentes e com potencial de crescimento”.
O responsável mencionou as distinções que a cerveja tem conseguido nos Estados Unidos e que contribuíram para o seu “reconhecimento internacional”, entre as quais uma medalha de prata no ‘International Beer Competition Awards’, em Nova Iorque.
No último relatório de gestão publicado pela empresa, referente a 2017, o Super Bock Group fixou como meta o aumento do peso das exportações em 15 pontos percentuais até 2020, depois de ter exportado mais de um quinto da sua produção de cerveja, com a China a representar 40% do total de exportações.
Luso-americanos na Califórnia integram estratégia do Grupo Super Bock
