Cerca 300 fotografias de casamentos realizados em Santa Quitéria, Felgueiras, vão poder ser vistas numa exposição que assinala os 300 anos daquele santuário, disse a organização.
A exposição intitula-se “300 Rostos que a Santa Uniu” e vai ser inaugurada no dia 25 de maio.
As fotografias, algumas com dezenas de anos, têm sido entregues na Confraria do Imaculado Coração de Maria e Santa Quitéria, referiu José Carlos Pinheiro, juiz da confraria, que destacou a “grande adesão dos casais”.
A exposição vai estar patente no adro e envolvente ao santuário, contando com fotografias de casais de vários municípios da região.
“Não vêm casais aqui casar só de Felgueiras. Temos registos de casamentos de vários casais da região que vieram, alegremente, entregar a fotografia”, assinalou.
A exposição é um dos pontos altos das celebrações dos 300 anos da construção do santuário de Santa Quitéria, um dos mais conhecidos da região norte e por onde passam milhares de peregrinos todos os anos.
“O santuário já teve altos e baixos. Ultimamente, devido ao incremento de atividades e à dinamização junto de agências de viagens, o número de peregrinos tem sido maior”, acentuou o juiz da confraria.
Concertos, exposições e publicação de livros têm dinamizado o santuário, aliando a religião à cultura, acrescentou.
As comemorações dos 300 anos do santuário vão prosseguir no dia 26 de maio com a 10.ª Peregrinação dos Frágeis, a primeira com a presença do bispo do Porto, Manuel Linda, para a qual são esperados muitos milhares de devotos a Santa Quitéria, oriundos de todo o país.
Estão também previstos dois concertos, um no interior da igreja, com música sacra ou de coro, e outro no exterior, com uma orquestra ou banda de música.
A encerrar o programa, a confraria tem agendada uma “grande celebração” de Ação de Graças, presidida pelo abade dos beneditinos, Dom Bernardino, natural de Felgueiras.
O santuário de Santa Quitéria foi uma obra erguida pelos monges beneditinos do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, iniciada em 1719 e terminada em 1735, após quatro fases de construção.
Na última década, a confraria investiu no santuário cerca de 500 mil euros, tendo construído a casa do peregrino e realizado outras obras, destacando-se o restauro do retábulo da igreja, orçado em 50 mil euros, e a requalificação do adro e parte da alameda, no valor de 200 mil euros.