Um fantástico monumento nacional projetado em 1842 por Joaquim da Costa Lima em estilo neoclássico. Está situado no Centro histórico da cidade do Porto e é um dos monumentos mais visitados da “invicta”.
O Palácio na Bolsa do Porto nasceu em virtude do encerramento da Casa da Bolsa de Comércio. Nessa altura, os comerciantes portuenses viram-se obrigados a discutir os seus negócios na Rua dos Ingleses, em pleno ar livre.
Foram estes empresários que muito contribuiram para a construção deste Palácio. Fruto de muita dedicação e de um grande investimento, a primeira pedra do Palácio foi firmada a 6 de Outubro de 1842.
Este edifício ostenta hoje uma variedade impressionante de estilos, desde a arquitectura toscana e neo-clássico oitocentista, até aos primórdios policromático, cheios de formas geométricas, do Salão Árabe e com influências notórias do gosto neopalaciano britânico.
A fachada principal encontra-se dividida em três corpos de ordem dórica, estando o corpo principal guarnecido por uma escadaria paralela ao edíficio que termina numa larga torre quadrangular ornamentada com ornamentos jónicos e coríntios.
Quanto ao interior, a fachada principal dá acesso ao Pátio das Nações – um pátio ladeado por um claustro envidraçado, coberto por uma enorme clarabóia sustentada por uma corpolenta e admirável estrutura metálica. O pavimento deste Pátio das Nações é revestido por mosaicos com motivos geométricos inspirados em modelos greco-romanos de Pompeia.
Mais ao fundo deparamo-nos com uma belíssima escadaria em granito azulado esculpido que nos leva até ao andar nobre, onde se abrem três portas de arco pleno entre as quais se encontram os bustos de estadistas como Fontes Pereira de Melo, Hintze Ribeiro, e de todos os antigos presidentes da Associação Comercial do Porto.
Ainda no Pátio das Nações, no começo da cobertura, figura o escudo nacional e os escudos das principais Nações parceiras de comércio com Portugal no fim do século XIX, como o do Brasil, da Itália, da França, da Argentina, da Rússia, da Inglaterra, e dos Estados Unidos da América, para dar alguns exemplos. No andar térreo encontra-se ainda o Gabinete de Leitura e a Biblioteca.
No andar de cima está a Sala de Reuniões, mas conhecida pela sala dourada. O seu tecto é decorado com estuque coberto de ouro, o gabinete do presidente, decorado em estilo imperialista, seguindo-se ainda a Sala das Assembleias Gerais, decorada com painéis que imitam carvalho velho e ornamentações a ouro. Junto a esta sala está a Sala dos Retratos com as imagens dos últimos reus de Portugal do período constitucional. De todas as salas do palácio, o Salão Árabe é, sem dúvida, o mais impressionante. Igualmente conhecido por Salão Nobre, as estuques de cor do final do século XIX são de uma beleza inenarrável, legendado a outro em caractéres arabicos que cobrem praticamente todo o tecto e as paredes. O salão tem forma de um paralelograma octagonal, cujos ângulos truncados formam saídas para outras dependências e gabinetes, sendo circundado por uma dupla arcaria rematado superiormente por uma cornija decorada com dependentes.
O Palácio da Bolsa tem recebido recorrentemente as mais distintas comemorações em honra de chefes de estado durante as suas visitas oficiais à cidade, sendo aqui homenageadas e condecoradas altas personalidades nacionais e estrangeiras.
O Palácio é visitado maioritariamente por estrangeiros, com destaque para cidadãos franceses, espanhóis, alemães, brasileiros e italianos. O número de visitantes portugueses atingiu os 68 mil, França, com 37 mil visitantes, e Espanha, com 30 mil, completam o top 3 das nacionalidades que mais visitam o monumento.
Para visitar este palácio (R. de Ferreira Borges, 4050-253 Porto) os visitantes deverão pagar 8 euros (bilhete adulto) e 4.5 euros para maiores de 65 anos e estudantes. Até aos 12 a entrada é gratuita.
Se pretender visitar informe-se primeiro porque muitas vezes está fechado dado ser um local onde se realizam muitos eventos