A Câmara de Arruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, aprovou o Relatório e Contas de 2018, ano em que teve uma execução orçamental de 90% e um resultado líquido positivo de 448 mil euros. O município fechou 2018 com um resultado líquido positivo de 448 mil euros, superior ao de 2017 (266 mil euros), segundo o Relatório e Contas, que foi aprovado pela maioria socialista, com a abstenção do PSD, na reunião pública do executivo.
A execução orçamental da receita foi de 90,7%, quando em 2017 tinha sido de 85%, refere o documento.
Dos 15,3 milhões de euros (ME) previstos, após alterações ao orçamento inicial de 12,7 ME, foram arrecadados 13,9 ME.
A receita dos impostos diretos, que continua a ser a principal fonte de proveitos do município, passou de 2,7 ME em 2017 para 3,4 ME em 2018.
Enquanto a receita do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de imóveis e o Imposto Único de Circulação subiu 580 mil euros, pelo contrário, desceu em 119 mil euros a do Imposto Municipal sobre Imóveis e, em 19 mil euros, a da derrama.
A execução orçamental da despesa foi de 90,8% em 2018, acima da de 2017 (84,4%). Dos 15,3 ME previstos, após alterações ao orçamento inicial, foram pagos 13,9 ME.
As despesas correntes aumentaram de 8,2 para 8,7 ME, com o aumento dos gastos com pessoal (de 3,7 ME para 4,1 ME), resultantes da contratação de 11 novos trabalhadores e dos gastos com a aquisição de serviços externos.
As despesas de capital, rubrica na qual estão incluídos os investimentos efetuados durante o ano de 2018, cresceram de 3,1 para 5,2 ME.
Este acréscimo é justificado pela autarquia com os empréstimos contraídos e com o “esforço de investimentos”.
O município encerrou 2018 com uma execução das Grandes Opções do Plano de 88,9% (quando em 2017 tinha sido de 79,5%) e do Plano Plurianual de Investimentos de 85%.
O valor da dívida mantém-se inalterado desde 2016 e é de 5,2 ME.
Enquanto as dívidas de médio e longo prazo decresceram, de 3,3 para 2,9 ME, as de curto prazo registaram um ligeiro aumento, de 2,1 para 2,2 ME, justificado com o pagamento de juros à empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo e com 600 mil euros que tem por receber de fundos comunitários, apesar de a respetiva despesa se encontrar paga.
O município encerrou o ano anterior com um prazo médio de pagamento a fornecedores de 38 dias (em 2017 era de 40 dias), tendo vindo a reduzi-lo em 47 dias desde 2014.
O Relatório e Contas vai ser ainda sujeito a aprovação na sexta-feira à Assembleia Municipal, órgão onde, à semelhança da câmara, o PS tem maioria.
Arruda dos Vinhos possui cerca de 13 mil habitantes.