O Novo Testamento ensina que a ressurreição de Jesus, celebrada pela Páscoa, é o fundamento da fé cristã. É o ato da ressurreição que estabeleceu Jesus como sendo Filho de Deus e é citada como prova de que Deus irá julgar o mundo com justiça. Deus «regenerou os cristãos para uma viva esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos» (I Pedro 1:3). Estes, pela fé na obra de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus para que possam seguir para uma nova vida eterna.
A Páscoa está ligada à simbologia da Páscoa judaica e ao Êxodo, relatado no Antigo Testamento, através da Última Ceia e a crucificação que precederam a ressurreição. De acordo com o Novo Testamento, Jesus deu à refeição pascal um novo significado, pois ele preparava a si e aos seus discípulos para morte quando durante a ceia no cenáculo. Ele identificou o pão (matzah judaico) e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria sacrificado, e seu sangue, que seria derramado (veja instituição da Eucaristia). Diz Paulo, “Purificai o velho fermento, para que sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, Cristo, que é nossa Páscoa, foi imolado.”, fazendo referências aos requisitos judaicos de que não haja fermento na casa e do sacrifício do cordeiro pascal (korban), alegoricamente identificado como Jesus.
Uma interpretação do Evangelho de João é que Jesus, como cordeiro pascal, foi crucificado, grosso modo, à mesma hora a que os cordeiros estavam sendo sacrificados no Templo. As instruções na Bíblia especificam que ele deve ser imolado «a tardinha» (Êxodo 12:6), ou seja, no crepúsculo. No período romano, porém, os sacrifícios eram realizados no meio da tarde.
Seja como for esta imolação de Cristo tem o significado de Ritual de Passagem (significado de Páscoa) que eleva o seu corpo místico (a sua igreja) ao divino e ao eterno.