Ângela Barreto cresceu num bairro como tantos outros, na Holanda. Teve uma juventude normal, até que aos 18 anos de idade, por via de um namoro e problemas na escola aproximou-se de um grupo irmão de mulheres muçulmanas.
À imprensa holandesa, a mãe de Ângela refere que a filha começou a cobrir-se cada vez mais e que planeava ir para o califado do estado islâmico. Apesar de implorar para que a filha não fosse, Ângela fugiu de casa em 2014, com 19 anos, e só contactou a mãe semanas mais tarde, já a partir de território sírio.
Este feito vale a Ângela, caso queira retornar à Holanda, a acusação de fazer parte de uma organização terrorista, ou de preparação para um ataque terrorista.
Segundo a RTP, o advogado da mãe de Ângela Barreto confirmou o mandato de captura da luso-holandesa.
Caso Ângela Barreto pretenda algum dia regressar ao país enfrentará uma ida para um centro de detenção durante seis meses a um ano. Depois será libertada, mas com pulseira eletrónica e impedida de comunicar com algumas pessoas.
O governo holandês tem-se recusado a trazer as mulheres e crianças que estão na Síria e afirma que caso cheguem aos consulados do país, no Iraque ou na Turquia, serão repatriadas, mas que não irão busca-las.
Depois de perder a neta na semana passada, a mãe de Ângela Barreto pede às autoridades dos dois países (Holanda e Portugal) que salvem as dezenas de crianças europeias em acampamentos curdos, assim como as respetivas mães.