Nos últimos dias os militares portugueses da Força de Reação Imediata, têm estado empenhados em ações de distribuição alimentar de emergência e de apoio médico em aldeias isoladas na região de Buzi e em Macurongo, fortemente afetadas pelo ciclone Icai.
Segundo uma nota do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), a partir da próxima sexta-feira a equipa médica do Exército, em apoio às autoridades de Saúde da Beira e do consulado português, vai vacinar a comunidade portuguesa ali residente e a população moçambicana.
O Hospital das Forças Armadas) em articulação com o Laboratório Militar do Exército disponibilizaram 300 doses de vacinas contra o sarampo, a febre tifóide e cóleras, além de 600 doses de cada uma das seis vacinas identificadas como prioritárias.
Estas vacinas serão enviadas no próximo voo militar de sustentação disponibilizado pelas Forças Armadas de Espanha, e que sai amanhã de manhã do aeroporto de Figo Maduro.
Os militares portugueses estão também a apoiar as autoridades moçambicanas em ações de promoção da saúde, com a intervenção dos fuzileiros e da equipa de saúde do Exército, que integra um farmacêutico.
Estão ainda distribuir garrafas de água nas aldeias isoladas e a ensinar a tratar a água com cloro, “uma vez que existem inúmeros relatos de ingestão de água dos rios por parte da população”, revela a nota do EMGFA.
Hoje os militares portugueses entregaram às autoridades de Saúde de Moçambique que trabalham na Beira, várias centenas de unidades de antibióticos, antibacterianos, anti maláricos, anti-histamínicos, analgésicos, medicamentos para anestesia e ainda dispositivos médicos, artigos recolhidos pelas Forças Armadas ainda em Portugal.
A 20 quilómetros do centro da cidade da Beira, os militares portugueses montaram tendas de apoio para receber pessoas em massa em caso de surto de cólera.
Ana Grácio Pinto