Partiu ontem para a República Centro-Africana um novo contingente português, formado por 150 militares.
Os militares vão dar continuidade à missão de paz das Nações Unidas naquele país africano e partiram no mesmo dia em que regressaram a Portugal os 180 militares (177 do Exército e três da Força Aérea) da 4ª Força Nacional Destacada que estavam colocados na cidade de Bambari como Força de Reação Rápida.
Os militares que seguiram ontem compõem a 5ª Força Nacional Destacada Conjunta para a República Centro-Africana e vão substituir os elementos que agora regressaram, numa missão que terá a duração de seis meses.
“Os 150 militares dos Comandos, de outras unidades do Exército e da Força Aérea, do Destacamento de Controlo Aéreo Tático, vão dar continuidade a esta missão de paz das Nações Unidas, durante mais seis meses neste teatro de operações”, informa o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
Os militares que agora partem juntam-se aos 30 militares da equipa avançada, que já se encontra em Bangui, na República Centro-Africana.
Nações Unidas distinguiu militares portugueses
A 22 de fevereiro, os militares da 4ª Força Nacional Destacada ao serviço da UNU na República Centro-Africana foram ontem condecorados com a Medalha das Nações Unidas.
A cerimónia foi presidida pelo Tenente-General Balla Keita, Comandante da Componente Militar da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), que “reiterou o agradecimento pelo excelente desempenho, profissionalismo e dedicação dos militares portugueses na condução das operações militares realizadas”, referiu na altura o EMGFA numa nota de imprensa.
Ontem, no dia em que os 180 militares regressam “todos e em segurança” a Portugal, o comandante da 4.ª Força Nacional Destacada (FND) na República Centro-Africana (RCA), tenente-coronel paraquedista Óscar Fontoura, realçou os “resultados muito positivos” da missão.
“Considero que cumprimos bem a nossa missão, demos o nosso contributo para a segurança e estabilidade do país e para a proteção dos mais desfavorecidos”, declarou o tenente-coronel, num vídeo divulgado pelo EMGFA.
O comandante deixou ainda uma mensagem de agradecimento a todas as famílias dos militares em missão, considerando que tiveram um “papel absolutamente decisivo” na “manutenção da estabilidade emocional” de cada um ao longo dos seis meses em que estiveram empenhados.