O cérebro é o tema central da mais recente exposição da Fundação Calouste Gulbenkian e inclui um cérebro com 500 milhões de anos, fragmentos de um papiro egípcio, documentos históricos, entre outras atrações.
‘Cérebro – mais vasto que o céu’ é “uma viagem única à volta do cérebro: a sua origem, a complexidade da mente humana, os desafios das mentes artificiais”, apresenta a Fundação Calouste Gulbenkian, que inaugura esta exposição a 16 de março.
Mostra um cérebro com 500 milhões de anos, um cérebro moderno, uma sinapse interactiva gigante, fragmentos de um papiro egípcio, um quadro da artista Bridget Riley, uma orquestra de cérebros e até robots.
Atividades interativas, documentos históricos e paleontológicos, pintura, modelos tridimensionais e infografias juntam-se “para produzir uma exposição entusiasmante para todas as idades”, destaca ainda numa nota de divulgação.
‘Cérebro – mais vasto que o céu’ parte do poema de Emily Dickinson, ‘The brain – is wider than the sky’, para apresentar este órgão fundamental do corpo.
A instalação vídeo ‘Self-reflected’ abre a exposição e proporciona uma experiência imersiva, emocional e sensorial, que conduz o visitante para dentro de um cérebro.
As imagens são do artista e neurocientista norte-americano Greg Dunn e o ambiente sonoro foi criado expressamente pelo compositor Rodrigo Leão. Depois, a exposição divide-se em três módulos.
Da origem às mentes artificiais
No primeiro módulo, intitulado ‘No princípio não havia cérebros’, a origem dos cérebros, enquanto processo de evolução biológica, serve para apresentar a complexidade do cérebro humano como parte de um contínuo evolutivo.
A apresentação de modelos de cérebros de diferentes vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) ilustra como estes grupos têm cérebros muito diferentes, mas constituídos pelas mesmas partes.
A peça central deste módulo é um neurónio gigante suspenso do teto que simula uma sinapse: o neurónio dispara em reação à presença de visitantes.
‘Pense no cérebro’ é o tema do segundo módulo da exposição e destaca uma instalação multimédia, a Orquestra de Cérebros, na qual quatro visitantes podem visualizar e ouvir, em simultâneo, a sua atividade cerebral.
Os sinais, captados por um capacete, são projetados numa tela de grandes dimensões e a sua tradução em sons foi desenvolvida por Rodrigo Leão.
Explica-se também como a complexidade do cérebro dá origem à experiência mental que temos do mundo e de nós próprios, da memória à linguagem, perceção e emoções.
O terceiro módulo aborda a tecnologia de interface cérebro-máquina e as suas aplicações, a inteligência artificial e a robótica.
Mostra também como a atividade cerebral está a ser utilizada para controlar utensílios externos, incluindo em contextos biomédicos por doentes com incapacidades motoras.
Os visitantes poderão jogar Mindball, um jogo de futebol mental em que duas pessoas se defrontam movimentando uma bola em direção à baliza do adversário, com base nas suas ondas cerebrais.
Os robots pintores de Leonel Moura executam telas em tempo real durante todo o período da exposição. “Será a criatividade uma propriedade exclusivamente humana?”, questiona a Fundação Gulbenkian.
Cérebro – mais vasto que o céu
Fundação Calouste Gulbenkian
Av. de Berna, 45A – Lisboa
De 16 de março a 10 de junho
De 4ª a 2ª, das 10h às 18h (encerra à terça)
Preço: 5 euros