Luís Capoulas Santos revelou que 60% do território em seca fraca e que o Governo acompanha com preocupação a situação
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural defendeu no parlamento, que o Governo está a acompanhar com preocupação a situação de seca em Portugal, sublinhando que, atualmente, ainda não é grave.
“Estamos num contexto positivo para a agricultura nacional(…). Os indicadores são positivos, apesar dos constrangimentos que agora vemos com grande preocupação – o espetro da seca -, que parece perspetivar-se. Estamos a acompanhar a situação com preocupação”, disse Capoulas Santos, durante uma audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, no Parlamento.
No entanto, o governante sublinhou que a situação ainda não é grave, estando 60% do território em seca fraca.
O líder do Ministério da Agricultura notou ainda que os níveis de pluviosidade para a época estão abaixo do normal e anunciou que o Governo vai reunir-se, brevemente, com associações de regantes “para fazer um ponto da situação” e ponderar medidas a adotar.
Durante a sua intervenção inicial, Capoulas Santos afirmou ainda que o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 “continua a melhorar paulatinamente”, com uma taxa de compromisso de 85% e com 52% de execução.
Por sua vez, no que se refere ao Programa Nacional de Regadios, estão aprovados e em execução 225 projetos, dos quais 139 de regadios tradicionais, 26 de segurança de barragens, sete de novos regadios e os restantes relacionados com modernização de regadios já existentes.
103 milhões na prevenção de incêndios
O ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural vai ainda investir 103 milhões de euros na prevenção estrutural de incêndios este ano.
Durante a apresentação do Plano de Intervenções 2019 pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, em Lisboa, Capoulas Santos explicou que investimento será dividido em quatro áreas.
“Destaca-se a verba de 45,6 milhões de euros para cuidar o território, onde se inclui a intervenção nas matas públicas, nos baldios e nas redes primária e secundária de defesa da floresta contra incêndios”, informa uma nota divulgada a 22 deste mês pelo Ministério da Agricultura.
Para capacitar os mecanismos de prevenção está previsto um investimento de 40,4 milhões de euros, destinado às equipas de sapadores florestais, brigadas de sapadores florestais e gabinetes técnicos florestais.
A terceira (14,7 milhões de euros) e quarta parcelas (2,3 milhões de euros) da verba total destinam-se, respetivamente, à estrutura do ICNF e à sensibilização para a mudança de comportamentos.
Durante a sua intervenção, Luís Capoulas Santos destacou que a área da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, “no contexto global de prevenção, suporta os encargos financeiros equivalentes a 2/3 do total da despesa, superior a 100 milhões de euros”.