No Nordeste de Portugal, mais concretamente no Alvão, teria nascido o primeiro alfabeto da humanidade. Uma hipóteses agora em aberto e que merece um estudo atento por parte de alguns investigadores, desde o aparecimento das pedras do Alvão, um importante achado que veio deitar alguma luz sobre o assunto.
Pode parecer estranho, mas chama-se a atenção que não se deve confundir escrita com alfabeto. A escrita terá sido inventada pelos Sumérios. O alfabeto é uma forma evoluída e padronizada de representar sons que foi criada posteriormente para uniformizar a escrita.
Os historiadores aceitam o Fenício como o alfabeto mais primitivo e rudimentar que se conhece, com cerca de 5 mil anos de antiguidade. Começam, no entanto, a surgir outras hipóteses, levantadas sobretudo por achados arqueológicos ainda por decifrar totalmente, que apontam para um surgimento anterior aos Fenícios e, o Alfabeto do Alvão, com 6 mil anos, é o melhor candidato a ser considerado o Alfabeto mais antigo do mundo.
Nos finais do século XIX, no Alvão, Nordeste de Portugal, nas mágicas terras de Trás-os-Montes, encontraram-se, junto a um dólmen, uma série de pedras esculpidas e gravadas com signos idênticos aos de Glozel (descobertos em França) e com uma antiguidade superior a 6.000 anos. Esta descoberta foi tão extraordinária que, no princípio, se duvidava dela. Só depois, após a descoberta de Glozel (França) é que foi considerada a sua autenticidade. As pedras do Alvão têm formas de animais e de homens e estão gravadas, claramente, com signos alfabéticos que no início foram considerados ibéricos.