O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) iniciou hoje as comemorações dos 36 anos com vários eventos que destacam a aposta da instituição na qualificação de recursos humanos adaptada às necessidades das empresas e da região. Com um balanço de quase quatro décadas a “crescer e a melhorar” o presidente do IPB, Orlando Teixeira, apontou hoje como estratégia futura “cooperar mais com as empresas” e pôr ao serviço do desenvolvimento regional a produção científica da instituição com mais de oito mil alunos.
“Estamos em tempos de mudança me que a economia exige outros perfis das pessoas que qualificamos e, nessa medida, queremos ser uma instituição que vai marcar a dianteira na inovação formativa, na forma como formaremos profissionais adaptados aos nossos tempos”, afirmou.
O presidente quer que o politécnico de Bragança seja “uma instituição da região e para a região” e próxima das necessidades com “uma política de oferecer formações curtas”, como os cursos tecnológicos, e “dar um apoio forte às empresas na requalificação dos recursos humanos”.
Esta intenção está a ser concretizada com projetos como a Escola de Negócios que o IPB abriu em Macedo de Cavaleiros em parceria com o município.
O politécnico assinala o aniversário com uma semana de eventos para reflexão sobre a instituição e o futuro e começou hoje por homenagear alguns parceiros e personalidades da região.
O instituto atribuiu a Medalha de Honra a título póstumo a Amadeu Ferreira, um transmontano que, embora tenha desenvolvido a atividade profissional em Lisboa, foi, como disse o presidente do IPB, “um ilustre defensor da Cultura transmontana e da cultura mirandesa”, além de ter sido membro do Conselho Geral do IPB.
Outra personalidade agraciada foi Sobrinho Teixeira, o anterior presidente do politécnico de Bragança e atual secretário de Estado do Ensino Superior.
Entre os homenageados esteve também o Instituto Politécnico do Kuanza Sul, uma instituição angolana com a qual o politécnico de Bragança coopera há muitos anos e, através da qual, prestou também homenagem ao povo angolano.
Esta é uma das 70 nacionalidades dos cerca de dois mil alunos estrangeiros que frequentam o IPB e que fazem desta instituição de ensino superior aquela que maior proporção de alunos estrangeiros tem em Portugal.
As homenagens foram feitas numa sessão solene com uma oração de sapiência a cargo do escrito e poeta angolano Ondjaki, que aproveitou a ocasião para falar de tolerância numa referência implícita, como explicou, aos incidentes recentes em Portugal com eco em Angola.
A semana do politécnico de Bragança prossegue, na terça-feira, com um simpósio sobre internacionalização e competitividade em que estará presente o ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor.