O presidente da Câmara de Montalegre destacou a aposta do município na fileira do fumeiro, onde está a ser implementado um projeto de 500 mil euros para qualificar os produtores e incrementar a comercialização.
A Feira do Fumeiro de Montalegre, que se realiza entre quinta-feira e domingo, é “a montra” do trabalho que é desenvolvido ao longo do ano no concelho.
“O êxito futuro da feira passa sempre pela qualificação, pelo empenho que os produtores têm naquilo que fazem e pelos afetos que dedicam à atividade”, afirmou o presidente da autarquia, Orlando Alves.
Foi precisamente para valorizar a atividade e qualificar os produtores que foi lançado o projeto “Fumeiro de Montalegre – Cooperar para competir e desenvolver”, pela Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, que dispõe de um financiamento de 500 mil euros e é comparticipado em 85% por fundos comunitários.
É um projeto que está no segundo ano de implementação, que envolve os 200 produtores do concelho inscritos na atividade e que, de acordo com o autarca, “já está claramente a dar resultados”.
“Estamos numa ligação constante aos produtores, sensibilizando-os para os cuidados que têm que ter na produção e para a preparação dos mesmos para a fase mais difícil, porventura, que é a da comercialização”, frisou.
O projeto inclui o desenvolvimento de um “plano estratégico âncora” de promoção da competitividade do setor, pretende estimular a competição dos agentes económicos da fileira e a adoção de boas práticas e novos métodos nos processos de fabrico do fumeiro.
Tem ainda como objetivo rejuvenescer a fileira do fumeiro de Montalegre através da atração de jovens e promover estes produtos a nível nacional.
Orlando Alves afirmou que há cada vez mais produtores que se dedicam ao fumeiro como atividade principal.
Em Montalegre, ultimam-se preparativos para a 28.ª edição da Feira do Fumeiro que conta com a participação de cerca de 70 produtores e onde estarão à venda 50 toneladas de fumeiro, desde alheiras, chouriças, sangueiras, bucheiras, farinheiras ou salpicões e presunto.
Orlando Alves salientou que o certame “mexe com toda a economia local” e representa uma oportunidade de negócio para os produtores, comércio, restauração e hotelaria.
De acordo com o autarca, o volume de negócios no recinto e o movimento gerado na restauração, comércio e hotelaria ao longo dos quatro dias ascendem “aos 2,5 a três milhões de euros”.
“Esta é também uma oportunidade de mostrar toda a região ao país”, sublinhou.
E é, de acordo com Orlando Alves, “a aposta na qualidade dos produtos que explica a longevidade da feira” que já é conhecida como a “rainha do fumeiro”.
A inauguração da Feira do Fumeiro de Montalegre, na quinta-feira, deverá ser feita pelos secretários de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, e Valorização do Interior, João Catarino.
No dia seguinte está prevista a passagem pelo certame de Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo.