Em dezembro, os Serviços de Medicina Interna têm de responder ao aumento de mais de 30% das necessidades de internamento do Serviço de Urgência, afirma o presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).
João Araújo Correia refere que tantos doentes a mais “são tratados com o mesmo número de internistas, sem qualquer compensação adicional, mantendo a qualidade assistencial”.
A SPMI, que celebra este ano o seu 67º aniversário assinala, pela primeira vez, o Mês da Medicina Interna, com o objetivo de destacar a importância desta especialidade médica no contexto hospitalar.
A instituição organiza amanhã, sexta-feira, pelas 17 horas, em Lisboa, uma sessão comemorativa com apresentação da imagem e do vídeo oficial da campanha ‘Dezembro: Mês da Medicina Interna’, que conta com nove testemunhos de médicos internistas.
O presidente da SPMI destaca o papel do médico internista, lembrando que tanto “o doente agudo grave ou menos grave”, quanto os que têm uma doença crónica descompensada, “todos recorrem ao Serviço de Urgência do hospital, onde se sentem seguros e confiantes nas mãos dos internistas”.
“Mesmo em dezembro, quando as doenças se multiplicam, a Medicina Interna está sempre lá. Os portugueses podem continuar a contar com a dedicação dos internistas”, elogia.
A Medicina Interna é já a maior especialidade médica hospitalar em Portugal, representando 13% do total, revela a SPMI.
O conhecimento do médico internista para o tratamento do doente agudo ou crónico complexo faz com que possa trabalhar com qualidade em vários cenários, desde a emergência, à urgência, ao internamento hospitalar ou domiciliário, às unidades intensivas e intermédias, ou ainda nos cuidados continuados e paliativos.
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é uma das maiores sociedades científicas médicas portuguesas, que congrega os internistas, que são a base do Serviço Nacional de Saúde nos hospitais.