A Avenida da Igreja no bairro de Alvalade é “um centro comercial a céu aberto” e muito movimentada, dado as suas lojas nas laterais, quer de pronto a vestir, farmacias, cafés, padarias, restaurantes, agências de viagem e bancos.
Desde sempre esta rua que a meio a estátua de Santo António e termina na Igreja de S. João de Brito no topo nascente, sendo limitada a poente pelo Campo Grande, teve as suas iluminações natalícias e há cinco anos a esta parte e bem a Junta de Freguesia investe num Mercado de Rua, que este ano registou 200 inscritos para 45 casinhas. Tal é a procura, para vender e expor, desde fumeiro, queijos, produtos regionais, bijutaria, artesanato e roupas. Quem tem marcado sempre presença; entre os dias 7 e 16 de dezembro, é o Município de Figueira de Castelo Rodrigo, que voltou a marcar presença no Mercado de Alvalade, em Lisboa e, muitos são os “figueirenses” a residir em Lisboa, que ali se deslocam
O Município tem um stand que “levará um pouco do que de melhor se faz no seu Concelho”, desde vinhos, bolos, azeite, compotas, mel, entre muitos outros produtos, com o objetivo de “impulsionar e dinamizar procurando novos mercados”.
Assim, entre os dias 7 e 16 de dezembro, Alvalade recebe a 5.ª edição do Mercado de Natal em Alvalade. Este evento tem lugar na Avenida da Igreja, artéria na qual os visitantes de todas as idades poderão encontrar artesões e comerciantes de todo o país.
Ao longo da avenida haverá 45 casinhas de madeira e estruturas próprias, com as mais variadas ofertas para a quadra natalícia. Os ocupantes desses espaços foram selecionados por um júri, o qual avaliou mais de 200 candidaturas apresentadas para o efeito.
No caso das Casinhas de Madeira, haverá uma mudança de ocupantes no dia 12 de dezembro. Assim, quem visitar o mercado nos primeiros dias (de 7 a 11 de dezembro) terá razões de sobra para regressar a partir de dia 12, já que aí encontrará novos artesãos e comerciantes.
Também não faltará a já tradicional Casa do Pai Natal, na qual os mais novos terão a oportunidade de tirar fotografias com o Pai Natal e com os seus duendes. Os visitantes do Mercado de Natal em Alvalade poderão ainda aproveitar para descobrir, ou redescobrir, o muito dinâmico comércio local da Avenida da Igreja e das ruas transversais.
Este evento, o qual conta com o apoio da Associação de Comerciantes de Alvalade (ACAL) e da Câmara Municipal de Lisboa, integra um programa cultural, desenvolvido pela Junta de Freguesia em parceria com várias entidades.
A Klassik Escola de Dança e o Clube Atlético de Alvalade são duas das entidades da freguesia que se associaram ao Mercado de Natal. A primeira vai realizar uma arruada de danças, no dia 8 de dezembro, e a segunda vai promover uma demonstração de algumas das suas atividades, no dia 9 de dezembro.
Antes disso, no dia de abertura deste evento, será possível assistir a uma atuação do Coro dos Briosos. Ao fim de semana, os visitantes do Mercado de Natal em Alvalade poderão ainda aproveitar para trocar dois dedos de conversa e tirar uma fotografia com o Zé Povinho e com o Rafael Bordalo Pinheiro, mascotes do Museu Bordalo Pinheiro, equipamento cultural localizado na freguesia.
Mas não é tudo: diversos estabelecimentos comerciais da Avenida da Igreja e das ruas transversais vão promover atividades abertas à população, como sessões de maquilhagem, aconselhamentos na área da beleza, degustações de vinhos e produtos regionais, workshops de bolachas, de cabazes de natal e de artesanato em feltro, e apresentações de Bollywood. Já os mais novos poderão experimentar vários jogos e atividades, decorar um cupcake ou ouvir uma história para bebés e famílias.
A autarquia vai ainda promover, em parceria com a ACAL, um sorteio de Cabazes de Natal, com produtos do comércio local. Para participar é necessário realizar compras nas lojas aderentes (localizadas na Avenida da Igreja e nas ruas transversais) e preencher o Passaporte que vai ser distribuído para o efeito. O anúncio dos vencedores terá lugar no dia 16 de dezembro, pelas 16 horas.
O Mercado de Natal em Alvalade funciona de domingo a sexta-feira, entre as 10 e as 20 horas, e ao sábado, entre as 10 e as 21 horas.
Voltando ao bairro, foi neste bairro, outrora campos de Alvalade que se experimentou um novo programa de habitação económica com base nos trabalhos preliminares de De Groer, iniciados em 1938, que conduziriam ao Plano Diretor da Cidade de Lisboa.
O Bairro tem por base o “Plano de Urbanização da Zona a Sul da Avenida Alferes Malheiro”, que actualmente se designa de Avenida do Brasil, cuja autoria foi do arquitecto Faria da Costa, este sugeria um desenho urbano baseado nas tipologias de quarteirão fechado, circunscritos por ruas contínuas, assentes num sistema pouco hierarquizado. Previa ainda duas grandes avenidas que partiam de um único ponto, o cruzamento da Avenida de Roma com o caminho-de-ferro, e que eram o prolongar da Avenida de Roma até à Avenida Alferes Malheiro (actual Avenida do Brasil) junto do Hospital Júlio de Matos. Este plano aconteceu devido à carência de oferta de habitação da cidade, devido ao crescimento populacional, principalmente nas habitações de renda económica. O plano foi efectuado através de vários planos e de vários arquitectos, sendo que cada um ficou com uma célula da mesma por concretizar, o que fez com que houvesse uma grande variedade de construções dos mais diversos arquitectos. A possibilidade de se aceitar a variedade fez com que Alvalade se torna-se um sítio experimental para a arquitectura, com as mais diversas propostas habitacionais, sem que se perdesse o controlo harmonioso de todo um conjunto. Alvalade é uma das mais recentes freguesias de Lisboa, na sequência da reorganização administrativa de 8 de novembro de 2012, que entrou em vigor em 29 de setembro de 2013. A nova freguesia uniu as antigas freguesias de Alvalade, Campo Grande e São João de Brito e a sua história remonta inevitavelmente ao passado destes três territórios.
Alvalade era, até meados do século XX, essencialmente formada por campos, quintas e hortas, usadas para os momentos de veraneio da nobreza e, posteriormente, como espaço de recreio e desporto da população. Aqui se realizavam alguns dos acontecimentos mais importantes da vida da cidade, como a feira do gado e a Batalha das Flores, que tiveram lugar no Campo Grande.
Nasceu enquanto freguesia em 1852, passando a integrar o Concelho de Lisboa em 1885. Associada ao desenvolvimento da cidade, é dividida em 1959, dando origem às freguesias de Campo Grande, de Alvalade e de São João de Brito.
Nos anos 30 do século XX a freguesia conhece o seu período de maior desenvolvimento, com grandes projetos de arquitetura integrados no Plano de Urbanização da Zona Sul da Avenida Alferes Malheiro, dos quais podemos destacar a Avenida de Roma, o Bairro das Estacas, o Bairro de São Miguel, as Torres da Avenida dos Estados Unidos da América e, já nos anos 40, a construção do Bairro de Alvalade. Nos anos 70, inauguram-se várias estações de metro da linha verde, um dos principais meios de transporte da cidade. Alvalade foi considerada um símbolo da Lisboa Moderna.
Na década de 80, surgiu uma nova vaga de construção, erguendo-se vários edifícios na Cidade Universitária, como a Torre do Tombo e novas faculdades.
O início do século XXI traz a requalificação do espaço público, com intervenções em espaços existentes, como o jardim do Campo Grande e a Quinta do Narigão, e a criação de novas infraestruturas, como ciclovias, o parque canino e o parque aventura.
O nascer da (nova) Freguesia de Alvalade
53 anos após a primeira divisão, a Freguesia de Alvalade reúne no seu território as antigas freguesias do Campo Grande, de São João de Brito e de Alvalade, para além de pequenas parcelas de território anteriormente pertencentes às freguesias de Marvila e São Domingos de Benfica. A recente reorganização administrativa, oficializada a 8 de novembro de 2012 e que entrou em vigor a 29 de setembro de 2013, conferiu às juntas de freguesia novas competências, até então da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa. Esta atribuição de novas competências foi acompanhada dos meios humanos, dos recursos financeiros e do património adequado ao desempenho dos serviços transferidos.
ANTÓNIO FREITAS com site Junta Freguesia
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