A Marinha Portuguesa tem desde a manhã de hoje uma equipa na área de operações em Borba.
No seguimento do pedido efetuado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil às Forças Armadas, a Marinha enviou seis mergulhadores “equipados com um veículo autónomo submarino com sonar no seu interior”, informa numa nota de imprensa.
Para o local seguiu também outra equipa, de sete militares do Instituto Hidrográfico (IH), “equipada com um veículo submarino operado remotamente (ROV), um sonar de varrimento lateral e um sonar de feixe simples”, revela ainda.
Os militares do IH chegaram ao início desta tarde à área de trabalhos onde decorrem as buscas, com vista a colaborar com todas as entidades envolvidas nas operações.
O deslizamento de um grande volume de terra e o colapso do troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de uma pedreira ocorreu na segunda-feira às 15h45.
O colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, atingiun uma retroescavadora onde trabalhavam dois operários e terá arrastado duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.
Na terça-feira, o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, informava que um dos corpos tinha sido retirado da pedreira. O primeiro trabalhador a ser retirado era o único cujo corpo se encontrava visível, ainda que parcialmente. Na operação de resgate foi preciso afastar as pedras de grandes dimensões e a terra que cobriam o homem.
Uma equipa da Polícia Judiciária (PJ) está esta quarta-feira em Borba a proceder a investigações para apurar as circunstâncias do deslizamento de terras para pedreiras e o colapso de um troço de estrada.
As investigações envolvem ainda uma equipa do Laboratório de Polícia Científica (LPC) da PJ. Além do LPC de Lisboa, a investigação conta com uma segunda equipa composta por inspetores da Unidade Local de Investigação Criminal de Évora.
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