ADSE precisa de 80 mil novos beneficiários para compensar saídas

Data:

A ADSEprecisa de 80 mil novos beneficiários nos próximos cinco anos para compensar os que vão abandonando a instituição, conclui um estudo sobre a sustentabilidade do principal subsistema público de saúde promovido pela associação dos hospitais privados.

O estudo feito a pedido da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) identifica o envelhecimento e um maior consumo por parte dos utentes como os “principais riscos da ADSE (Instituto de Proteção e Assistência na Doença)”, sugerindo a necessidade de alargar o universo dos beneficiários, bem como criar regras para moderar o consumo.
A associação sublinha que a ADSE “tem sido sustentável”, apresentando saldos positivos, mas a manutenção da situação atual “levará a uma situação de défice a partir de 2021”.
Entre 2012 e 2017 o número de beneficiários da ADSE caiu em média 1,9% ao ano, prevendo-se que a este ritmo o subsistema tenha 1,118 milhões de beneficiários dentro de cinco anos. Para que em 2022 se atinja de novo o atual valor de 1,2 milhões de beneficiários, o estudo sugere que é preciso que entrem no sistema 82 mil.
O estudo, a que a agência Lusa teve acesso, mostra ainda que entre 2012 e 2017 o número de renúncias de beneficiários quase duplicou.
O estudo elaborado pela empresa Deloitte a pedido da APHP identifica como um dos principais riscos à sustentabilidade o padrão de consumo dos beneficiários da ADSE, que consomem em média mais 26% que os utentes dos seguros.
Utentes da ADSE ou dos seguros consomem o mesmo tipo de valências, tendo ambos como utilizações mais frequentes as consultas, seguidas da imagiologia. Contudo, o consumo pelos beneficiários da ADSE é superior.
Os utentes com ADSE têm uma média de 6,7 episódios por ano, enquanto no caso dos utentes dos seguros a média é de 5,3.
A estrutura etária mais envelhecida dos utentes da ADSE em comparação com os dos seguros é uma das explicações para os “consumos mais elevados”.
Aliás, o estudo alerta que, caso não entrem novos beneficiários, a estrutura etária vai envelhecer, conduzindo a um aumento dos níveis de consumo, o que terá impacto na despesa da ADSE.
Quanto à parte financeira, a ADSE mostra-se sustentável por enquanto. Em 2017, as receitas foram de 619 milhões de euros e os custos de 561 milhões, com um excedente de 66 milhões.
Contudo, as previsões do estudo apontam para um défice num futuro próximo, com um saldo negativo de 17 milhões em 2022.

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.