As “palavras que fugiram do dicionário”, de “alfabelo” a “zabalão”

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“Humordificador”, “muscalação” e “queixómetro” são algumas das palavras que o escritor português Sandro William Junqueira imaginou no livro ilustrado “As palavras que fugiram do dicionário”, a editar na terça-feira.

“O dicionário é a casa onde moram as palavras”, escreve Sandro William Junqueira na abertura deste livro, ilustrado por Richard Câmara, explicando que “há palavras que nasceram para ser pássaro”, e que decidiu ir atrás dessas palavras “que não se deixam apanhar”.

Nas páginas seguintes, o escritor apresenta, numa lógica alfabética, palavras novas e os respetivos significados, tal e qual como um dicionário, num exercício de humor e de semântica sobre a língua portuguesa.

A narrativa, destinada tanto a leitores mais novos como a adultos, começa com “alfabelo”, adjetivo para “a pessoa que organiza alfabeticamente a beleza”, e termina com “zabalão”, um planeta desconhecido do sistema solar para onde “vão todos os balões que se escapam aos dedos”.

Pelo meio, Sandro William Junqueira faz o leitor acreditar na palavra “humordificador”, um substantivo masculino que significa “máquina usada para extrair o humor e a graça de lugares onde existam em excesso”, e na “muscalação”, “o conjunto de exercícios que visam o fortalecimento dos músculos do silêncio”.

Para a “manifestação física de uma pessoa que está muito exausta de ouvir”, o escritor inventou a palavra “orelheiras”, e ao “aparelho que mede a gravidade ou desimportância das queixas apresentadas” chamou-lhe “queixómetro”.

Do dicionário sobressai ainda o substantivo feminino “um-manidade”, ou seja, “pessoa que prefere ser um em vez de ser todos”.

“As palavras que fugiram do dicionário”, que é uma edição da Caminho, vai ser apresentado no dia 14, na livraria Buchholz, em Lisboa, pelo escritor e humorista Ricardo Araújo Pereira.

Sandro William Junqueira nasceu na antiga Rodésia, em 1974, mas vive em Portugal desde a infância. Foi um dos fundadores do grupo de teatro A Gaveta e começou a publicar contos e poesia em 2002.

É autor das obras “Quando as girafas baixam o pescoço” (2017), “No céu não há limões” (2014), “Um piano para cavalos altos” (2012) e “O caderno do algoz” (2009), e participou com um conto na revista Granta.

Em 2015 publicou “A cantora deitada”, o primeiro livro para crianças, seguindo-se “A grande viagem do pequeno mi”.

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