O executivo da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, aprovou na quarta-feira o orçamento de 15,67 milhões de euros para 2019, com votos a favor do PS e abstenção da oposição.
O orçamento municipal para 2019 foi aprovado com os votos favoráveis do PS (que lidera o executivo) e abstenção dos vereadores do PSD/CDS e do Movimento Figueiró Independente, disse à agência Lusa o presidente do município, Jorge Abreu.
Para 2019, há um decréscimo de quase dois milhões de euros no orçamento, depois de em 2018 este ter sido “um pouco inflacionado devido ao incêndio [de Pedrógão Grande]”, que afetou Figueiró dos Vinhos, explanou Jorge Abreu.
Na recuperação desse fogo, ainda haverá uma verba de 500 mil euros para finalizar alguns trabalhos para limpeza das linhas de água e recuperação de infraestruturas públicas, num momento em que “já está quase tudo concluído nessa área”, afirmou.
De acordo com o autarca, o documento prevê um investimento de 3,3 milhões de euros para 2019, através do apoio de fundos comunitários.
A Câmara de Figueiró dos Vinhos conta investir cerca de 1,3 milhões de euros na reconversão do edifício da antiga fábrica Sonuma, transformando o edifício de sete mil metros quadrados em “sete ou oito pavilhões de grande dimensão”.
“Queremos aplicar o modelo de chave na mão para as empresas, que simplesmente alugam e exercem lá a atividade sem terem que investir num imóvel”, salientou.
No turismo, a autarquia prevê executar os passadiços junto ao Casal de São Simão (aldeia de xisto) e às Fragas de São Simão, num projeto de 400 mil euros, e avançar com a criação do posto aquícola do Campelo, com vista à reintrodução das trutas na Ribeira de Alge.
Na cultura, vai avançar com a requalificação da igreja matriz da vila, num investimento orçado em 330 mil euros.
“Ainda estamos a braços com o saneamento financeiro e, sem o quadro comunitário, não teríamos possibilidade de fazer investimento”, nota o autarca, realçando ainda que houve um reforço da despesa com o pessoal, face à contratualização com vínculo efetivo de 38 trabalhadores precários.
Em 2019, a Câmara conta liquidar por completo a dívida à banca, terminando o processo de saneamento financeiro, em que a autarquia esteve nos últimos nove anos.
“Começa-se a ver uma luz ao fundo do túnel e depois [de 2019], aí sim, poderemos ombrear com outros municípios”, realçou Jorge Abreu.