O juiz Sérgio Moro afirmou hoje ter aceitado o convite do Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, para o cargo de ministro da Justiça para afastar o risco de retrocesso no combate à corrupção no país.
“Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite”, disse em comunicado o juiz do processo Lava Jato, que levou à prisão do ex-Presidente Lula da Silva.
“A perspetiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito pela Constituição, pela lei e pelos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior”, afirmou Sérgio Moro.
No texto, o juiz acrescentou que “para evitar controvérsias desnecessárias”, decidiu afastar-se de “novas audiências” e informou ainda que na próxima semana concederá uma entrevista à imprensa local para explicar melhor a decisão.
Sérgio Moro ficou amplamente conhecido no Brasil por julgar os casos da operação Lava Jato, uma investigação policial que desvendou dezenas de esquemas de corrupção na petrolífera estatal Petrobras e em outros órgãos públicos do país.
O próximo ministro da Justiça brasileiro é responsável por sentenças de condenação de grandes empresários, ex-funcionários da Petrobras.
Foi também responsável pela condenação, em primeira instância, do antigo Presidente Luís Inácio Lula da Silva num caso relacionado a propriedade de um apartamento de luxo na costa do estado de São Paulo.
Brasil: Sérgio Moro aceita ser ministro da Justiça para implementar “forte agenda anticorrupção”
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