As obras de expansão do Metropolitano de Lisboa e do Porto, vão arrancar até ao final do primeiro semestre do próximo ano, segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2019
Em Lisboa, o crescimento da rede de metro vai significar um investimento de 210,2 milhões de euros, enquanto no Porto as obras de expansão deverão ser de 307,7 milhões de euros.
“A expansão do Metropolitano de Lisboa consistirá num investimento de 210,2 milhões de euros, devendo as obras arrancar até ao final do primeiro semestre de 2019”, lê-se no documento do Orçamento do Estado para 2019 que o Governo entregou esta semana na Assembleia da República.
O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais – linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira – Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião – Aeroporto).
Além dessa obra, o Governo vai ainda dar continuidade à aquisição de material circulante para o metro de Lisboa, nomeadamente de 14 novas unidades triplas, e de um novo sistema de sinalização, no valor global de 136,5 milhões de euros, segundo o OE2019.

O OE2019 prevê um investimento de 307,7 milhões de euros para as obras de expansão do Metropolitano do Porto
Porto: alterações nas linhas rosa e amarela
Quanto ao Metro do Porto, o Orçamento do Estado prevê um investimento total de 307,7 milhões de euros para as obras de expansão, que também devem arrancar no primeiro semestre do próximo ano.
No Porto, a linha Rosa vai ligar a Casa da Música a São Bento e a linha Amarela vai ser prolongada para ligar o Hospital São João, no Porto, a Vila D’Este, em Vila nova de Gaia.
“Acresce ainda a aquisição de material circulante (18 novas composições) num investimento global de 50,4 milhões de euros”, lê-se no documento.
No que respeita ao transporte fluvial, o OE2019 prevê o início do projeto de renovação da frota da Transtejo, com a aquisição de 10 novos navios, num investimento total de 57 milhões de euros.
Para a empresa estão ainda previstos dois novos pontões, a serem construídos entre 2018 e 2023.
“Para 2019, está igualmente prevista a aquisição de motores principais para equipar seis navios para a Transtejo e beneficiação de cinco navios da Soflusa”, indica o OE2019.
No próximo ano, o Governo vai concluir a revisão dos contratos de serviço público do Metropolitano de Lisboa, do Metro do Porto, da Transtejo e da Soflusa, “adequando-os à realidade das empresas e corrigindo alguns pressupostos ultrapassados ou irrealistas associados aos processos de subconcessão, entretanto abandonados”.
“No âmbito da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa, serão estabelecidas metas nacionais para a mobilidade ciclável e pedonal, nomeadamente em termos de quota modal a atingir até 2030”, indica o OE.
Cumprindo o Plano Portugal Ciclável 2021, será privilegiada a criação de redes de vias cicláveis, conectando as redes municipais já existentes ou planeadas e será concluído o projeto UBike, “com a colocação de mais de 3.000 bicicletas junto das comunidades académicas de 13 universidades do território nacional”.