No âmbito do Projeto Promoção do Espírito Empresarial na região, a Comunidade Intermunicipal do Oeste promoveu o Congresso Empresarial do Oeste. A iniciativa teve como tema principal “O Oeste na Estratégia 2030” e resultou de uma Parceria entre a Comunidade Intermunicipal do Oeste e a FAERO – Federação das Associações Empresariais da Região Oeste.
O Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha recebeu o Congresso Empresarial do Oeste. Vários empresários e oradores refletiram sobre o futuro do Oeste na estratégia 2030, com a presença Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, na sessão de encerramento.
Pedro Folgado, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, presidiu à abertura do Congresso salientando a forma como a OesteCIM tem utilizado os fundos estruturais no apoio ao investimento, à coesão territorial e social e ao tecido empresarial.
O Presidente aproveitou para referir vários desafios futuros do Oeste, entre eles os desafios de competitividade, demográfico, combate às alterações climáticas, transição energética e melhoria da qualificação da população.
O secretário de Estado das Autarquias, Carlos Miguel, também presente no Congresso onde aproveitou para anunciar que a partir de janeiro de 2019 o Governo vai reforçar as competências das Comunidades Intermunicipais (CIM) em matéria de planeamento regional e que, em termos de execução de obra, a OesteCIM é a segunda CIM da região Centro com um fundo executado e pago na ordem dos 5 milhões.
A definição das políticas públicas no futuro empresarial e do empreendedorismo no Oeste foi um dos temas do Congresso, num Painel que contou com a presença de Isabel Damasceno, CCDR-Centro. A mesma salientou a importância dos fundos comunitários no apoio a projetos empreendedores, destacando o ambiente comum para a competitividade que se sente na Região Oeste e o importante papel desenvolvido pela sua Comunidade Intermunicipal.
Na sessão de encerramento o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, salientou a importância da transição de um sistema económico linear para um modelo circular. A economia linear, “base de toda a atividade socioeconómica, está a falhar”. Se se quiser “alimentar, vestir, garantir a saúde e a habitação, produzir, comercializar e dar emprego aos 10 mil milhões de pessoas que irão habitar este planeta” é preciso adotar “um modelo de desenvolvimento circular”.
Se até 2030 a transição para a economia circular for acelerada a estimativa de ganhos é de “1, 9 biliões de euros, entre 1 a 3 milhões de empregos” e “a redução de 4% do total anual de emissões de gases que produzem efeitos de estufa na Europa.” Portugal não quer ficar de fora deste momento, tendo o Governo já lançado o Plano de Ação para a Economia Circular, em que se inserem as medidas de fiscalidade para os plásticos ou as agendas regionais desenvolvidas pelas Comissões de Coordenação.