O número de portugueses inscritos para votar nas eleições comunais belgas, marcadas para domingo, aumentou em termos absolutos, mas diminuiu em termos percentuais, segundo dados da Direção das Eleições.
Dos 37.641 portugueses em idade de votar, 3.611 estão inscritos para votar nas comunais belgas, o que representa um aumento de 560 eleitores em comparação com 2012.
Todavia, os dados da Direção das Eleições, transmitidos pelo conselheiro das Comunidades Portuguesas eleito na Bélgica, Pedro Rupio, indicam que o número de emigrantes nacionais cresceu exponencialmente dos 29.485 em 2012 para os 37.641 de hoje.
Assim, em termos percentuais, e apesar da campanha “Movimento #comunais2018”, que abraçou a tarefa de convencer portugueses que nunca votaram a recensear-se, a taxa de inscrição da comunidade portuguesa caiu de 10,35% em 2012 para 9,59% em 2018.
“Em certas comunas como Aubange e Arlon (Valónia), Anderlecht e Forest (Bruxelas), ou Drogenbos e Sint-Genesius-Rode (Flandres), a margem de progressão é gigantesca pois o voto da comunidade portuguesa seria suficiente para eleger vários conselheiros comunais e/ou vereadores”, sublinha Pedro Rupio, em comunicado.
Quase uma centena de portugueses ou lusodescendentes vão concorrer às eleições comunais belgas de domingo.
A Valónia é a região com mais representantes portugueses nas listas, com 38, seguindo-se a região de Bruxelas (30) e a da Flandres (24).
Nas últimas eleições comunais belgas, em 2012, cerca de 30 portugueses integraram listas, sendo três deles eleitos para um mandato autárquico de seis anos: Inês Mendes Pinto (conselheira na Comuna Enghien), Pedro Rupio (conselheiro na Comuna de Saint-Gilles) e David da Câmara Gomes (vereação em Ottignies-Louvain-la Neuve).