Fundada há mais de quatro décadas, a Mirazeite vai buscar ao ADN familiar, a postura empresarial de se manter sempre “fiel à nobre tradição portuguesa subjacente à feitura do azeite”, como destaca David Bastos, diretor de Exportação da empresa. Com uma produção em torno de sete milhões de litros de azeite, e a comercialização de várias marcas, a Mirazeite é uma empresa assumidamente exportadora: os mercados internacionais representam já mais de 70% da faturação, uma percentagem que a administração pretende reforçar nos próximos anos.
A Mirazeite foi fundada em 1977. Qual é a filosofia de trabalho?
A Mirazeite é uma empresa com história e conhecimento no setor dos azeites em Portugal. O seu administrador é oriundo de uma família com mais de 70 anos de tradição nesta área de negócio. Tendo início em Mirandela, é uma empresa com genesis “familiar” no seu ADN, sem dúvida.
A filosofia da empresa é a de se manter fiel à nobre tradição portuguesa subjacente à feitura do azeite, obtendo assim um produto que se distingue pela sua pureza e qualidade, extraído da primeira pressão a frio por processos de prensagem e filtração, o que garante todas as suas magníficas propriedades.
Com a sua alta tecnologia e modernos métodos de produção, tenta garantir a qualidade máxima dos seus produtos apostando sempre na melhoria dos serviços prestados, procurando a satisfação, atendimento e acompanhamento das necessidades dos clientes e mercados.
Quais marcas comercializa?
As marcas comercializadas são a conhecer: ‘Bom Dia’ (marca bandeira), ‘Ouro da Terra’, ‘Imperial’, ‘Manjar’, ‘Delicioso’, entre outras.
Qual é a quantidade de azeite produzido e comercializado?
No último ano, foi em torno de 7.000.000 de litros.
No mercado nacional, qual é o seu posicionamento? Os produtos são comercializados em todo o país?
No mercado nacional temos o canal horeca como maior incidência, sendo que a Mirazeite também produz MP para a grande distribuição nacional, sendo que, apesar de maior saturação em Lisboa, estamos presentes em todo o território e ilhas.
O que diferencia os azeites da Mirazeite dos demais?
A diferenciação é a origem vs qualidade, o cuidado nos blends, o conhecimento acumulado ao longo dos anos e a proximidade da produção em árvore.
Um dos mais recentes projetos foi a construção de uma nova fábrica. O que acrescentou à empresa, tanto em termos de laboração como de inovação?
Neste momento a Mirazeite tem posição com unidades fabris próprias em Mirandela, Crato, Tomar, Lisboa e a mais recente e moderna em Arruda dos Vinhos que foi inaugurada no último trimestre de 2017. Com esta nova unidade conseguimos produzir mais e melhor com uma rapidez e flexibilidade adequadas aos mercados.
A empresa fez também um rebranding das marcas…
Sim, o rebranding tinha de acontecer pois o mercado e as tendências são autónomas. Elas acontecem porque as pessoas, pelas mais diversas influências, vão mudando. Desta forma, a Mirazeite também o faz para continuar competitiva e atrativa no mercado, pois queremos perpetuar o consumo do azeite nas novas gerações assim como foi no passado com os nossos pais. Além de que, há cada vez mais gente em todo o mundo a consumir este ‘néctar’.
Com a construção da nova fábrica e o rebranding das marcas, há um novo posicionamento estratégico dos azeites Mirazeite?
Nem por isso. A Mirazeite tem um caminho e uma estratégia bem definidos desde sempre e como somos atentos e evolutivos vamos corrigindo o caminho à medida que o percorremos. Se assim não fosse, estaríamos a condenar o projeto a longo prazo, e isso não queremos, como é evidente.
Pode-se esperar mais novidades da Mirazeite num futuro próximo?
Neste momento estamos em fase de conclusão para apresentarmos no SISAB 2019 novas formas de embalagem e práticas para o consumidor. Será uma surpresa…
A exportação é o principal objetivo?
A exportação é e sempre foi o objetivo principal, pois o mercado é maior e mais apetecível, como é evidente. A exportação representa mais de 70% da faturação e é nosso objetivo reforçar estes números nos próximos anos.
Quais são atualmente os mercados externos da empresa?
Os mercados principais atualmente são, os Palops, Brasil, EUA, Canadá, França, Rússia, Alemanha, Holanda entre muitos outros. Estes fazem parte dos ‘diários’, por assim dizer.
Há novos mercados em vista?
Devido ao SISAB Portugal temos tido abertura para novos mercados, nomeadamente os da India e do Japão. Neste sentido temos feito a nossa parte. Devido à dimensão e competitividade leva algum tempo a conquistarmos o nosso espaço, mas lá chegaremos com toda a certeza e com a nossa presença no SISAB.
O SISAB Portugal têm, dessa forma, ajudado no processo de internacionalização…
Sim o SISAB tem sido uma montra neste processo, já o fazemos há alguns anos e o balanço tem sido muito positivo. Daí continuarmos ano após ano a investir seriamente neste certame. Em termos nacional é a referência, fruto da visão, empenho e resiliência do seu fundador, o Dr. Carlos Morais. Tanto assim é, que para 2019 aumentamos o espaço para podermos ter uma maior capacidade de atendimento dos clientes.
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