O Tribunal de Aveiro começou hoje a julgar à porta fechada uma mulher de 33 anos suspeita de ter explorado uma casa de massagens que funcionaria como local de prostituição.
A arguida que não compareceu ao julgamento, por se encontrar a residir na Suíça, está acusada de dois crimes de lenocínio e dois crimes de auxílio à emigração ilegal.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os factos ocorreram em 2016 e 2017, no centro da cidade de Aveiro.
De acordo com a investigação, a arguida dedicava-se à exploração da prática da prostituição por parte de mulheres estrangeiras, a quem cedia quartos para a prática de relações sexuais com homens que as procurassem a troco de dinheiro.
O MP refere que as mulheres permaneciam apenas alguns meses neste espaço, sendo depois trocadas por outras, permanecendo sempre a arguida à frente do negócio.
As mulheres cobravam ao cliente entre 50 e 80 euros, por cada relação sexual que mantinham, entregando metade do valor recebido à arguida.
Estas práticas foram constatadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em várias ocasiões, tendo numa das situações sido identificadas duas mulheres em situação de permanência ilegal em território português.
Em junho de 2017, o SEF fez uma busca domiciliária naquele local, tendo encontrado em cada um dos quartos disponibilizados pela arguida preservativos e embalagens de toalhitas.
No local encontrava-se ainda um caderno com os registos diários dos valores cobrados e os nomes dos clientes homens.