O ‘Musgo’ é dotado de iluminação inteligente com fibras óticas para proteger ciclistas e corredores à noite. Criadores lançaram uma campanha de crowdfunding para o produzir
A peça de vestuário é um casaco que brilha no escuro e destina-se a quem anda a pé, faz corrida ou circula de bicicleta.
Tem por objetivo ajudar a combater a sinistralidade de peões e ciclistas nas estradas, a partir da ideia de controlar o escuro, ou seja, o ambiente em que acontecem 75% dos acidentes com peões.
Segundo uma nota enviada ao Mundo Português’ pela autarquia de Vila Nova de Famalicão, por detrás deste novo conceito está a SCOOP, especialista em têxteis técnicos sediada em Vila Nova de Famalicão, que já fabricou dos equipamentos para a equipa olímpica de inverno da Rússia, para a Federação Italiana de Ski e para a edição comemorativa dos 50 anos da Liga de Futebol Norte-Americana.
A empresa famalicense associou-se às startups VIME e LAPA, para em conjunto desenvolverem o ‘Musgo’”, nome dado a este equipamento.
O casaco iluminado dispõe de uma aplicação móvel para utilização em smartphone, que permite selecionar a cor, a intensidade e a frequência do efeito de piscar, quer manualmente, quer utilizando os sensores existentes em qualquer telemóvel.
“O sistema de iluminação inteligente com fibras óticas que desenvolvemos aumenta a segurança dos utilizadores através da iluminação ativa e é ‘inteligente’ graças ao recurso a sensores que existem num smartphone e que ajudam, por exemplo, a sinalizar a travagem de um ciclista ou informar um trabalhador que saiu da área de segurança”, explica o diretor científico e tecnológico da VIME. Filipe Magalhães revela que o ‘Musgo’ Portugal utiliza “materiais de elevada qualidade com desempenho superior”: é repelente à água, à prova de vento, respirável, lavável e leve.
Campanha de crowdfunding
Os promotores adiantam ainda que a tecnologia do ‘Musgo’ “permite sinalizar automaticamente a travagem/desaceleração de um ciclista para os condutores em redor, indicar automaticamente a um caminhante/corredor que alcançou uma determinada localização geográfica ou avisar automaticamente um trabalhador que ultrapassou um perímetro de segurança”.
Para produzir o casaco em Portugal, acabam de lançar uma campanha de crowdfunding, através da qual pretendem atingir 70 mil euros para poderem, entre outros aspetos, “avançar com a produção industrial dos casacos e atingir uma relação de custo que permita colocar o produto no mercado a um preço competitivo”, explica Filipe Magalhães.
Durante a campanha, o casaco vai estar disponível a um custo de 287 dólares (o equivalente a cerca de 250 euros) – um preço exclusivo para doadores.
“Após o final da campanha, e dependendo dos objetivos atingidos, o casaco vai estar disponível por um preço que deverá rondar os 600 dólares num site dedicado ao produto, não estando para já prevista a sua disponibilização em lojas físicas”, revela ainda Filipe Magalhães.
Para além de Portugal, os promotores do ‘Musgo’ querem ver o casaco chegar ao Canadá, EUA, Reino Unido e países do norte e centro da Europa – Holanda, Alemanha, Áustria, Polónia, Bélgica, Noruega, Suécia, Finlândia – onde as horas de sol são reduzidas e, por isso, há maior procura deste tipo de soluções.
Ana Grácio Pinto