Embora a saída de portugueses esteja a diminuir, face aos anos mais recentes da crise, a verdade é que há mais milhões de residentes no estrangeiro Agosto permanece como o mês de eleição para visitar a família e os amigos, e o seu impacto faz sentir-se na economia nacional, seja na restauração e hotelaria, seja no comércio. No segmento alimentar, por exemplo, há lojas com vendas em Agosto superiores às do Natal, garante a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
O regresso dos emigrantes para férias no nosso país faz com que o comércio reflita essa afluência. Os dados são da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
Agosto é, por norma, um mês de eleição para os emigrantes portugueses voltarem ao país e visitarem a família e esse movimento de regresso refletiu-se nas compras O impacto do seu regresso não se sente apenas no comércio mas também na restauração e hotelaria, escreve o jornal Noticias.
A notícia surge poucos dias depois de António Costa ter anunciado que pretende diminuir a carga fiscal para emigrantes que decidam voltar ao país, uma proposta para atrair o talento português que tem deixado o país desde o início da crise.
A medida estará inscrita no Orçamento do Estado para 2019, a ser apresentado até 15 de outubro, e prevê um desconto de 50% no IRS, assim como dedução dos custos de instalação, da viagem de regresso e das despesas com habitação.
Em 2016, a Comissão Europeia referia no seu relatório Monitor da Educação e Formação que, entre 2001 e 2011 a proporção de portugueses com pelo menos o Ensino Superior a sair do país aumentou 87,5%, e mais 40 mil saíram do país entre 2012 e 2014.
“As principais razões para emigrar são a baixa taxa de emprego em Portugal durante a crise económica, os baixos salários no país, poucas oportunidades para usar as suas capacidades no mercado de trabalho nacional e poucas perspetivas de avanço na carreira”, lê-se nesse relatório, que refere ainda: “Quase 20% dos emigrantes altamente qualificados portugueses estimam que o seu tempo no estrangeiro vai durar entre seis e dez anos, e 43% assumem que durará mais de dez anos”.
É esses últimos emigrantes que o governo de António Costa quer que regressem, pois fazem falta e há sectores da economia em Portugal que de debatem com falta de mão de obra qualificada, já que são hoje em dia os mais bem formados e capacitados que emigraram
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