O indicador de confiança dos consumidores diminuiu entre junho e agosto, enquanto o indicador de clima económico estabilizou em agosto, após ter atingindo em julho o valor máximo desde maio de 2002, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores, efetuados em agosto pelo INE, revelaram que a redução do indicador de confiança dos consumidores em agosto resultou do contributo negativo de todas as componentes, entre as quais se destacaram as perspetivas da evolução do desemprego e da situação económica do país.
O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou em julho e agosto, após ter diminuído nos primeiros seis meses do ano.
“A evolução do indicador refletiu o contributo positivo das perspetivas de produção e das apreciações sobre a procura global, enquanto o saldo das opiniões sobre a evolução dos stocks de produtos acabados apresentou um contributo nulo”, explica o INE.
O indicador de confiança da construção e obras Públicas diminuiu em julho e agosto, depois de em junho chegar ao valor máximo registado desde março de 2002, refletindo assim o contributo negativo das opiniões sobre a carteira de encomendas e das perspetivas de emprego.
No comércio, o indicador de confiança diminuiu entre junho e agosto, segundo o INE, em resultado do contributo negativo, no último mês, das opiniões sobre o volume de vendas, uma vez que as apreciações relativas ao volume de stocks e as perspetivas de atividade contribuíram positivamente.
O indicador de confiança dos serviços aumentou entre maio e agosto, atingindo o máximo desde agosto de 2001, adianta o INE, verificando-se no último mês uma evolução positiva das apreciações sobre a atividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas.
Sentimento económico na zona euro recua em agosto pelo 8.º mês consecutivo
O indicador do sentimento económico recuou 0,5 pontos na zona euro em agosto, o que representa o oitavo mês consecutivo em queda, permanecendo estável na União Europeia, face a julho, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.
Na zona euro, o indicador do sentimento económico recuou em agosto 0,5 pontos para os 111,6 pontos, mantendo a tendência em baixa verificada desde janeiro.
Já no conjunto da UE, depois da ligeira subida de 0,1 pontos registada entre junho e julho – que inverteu a tendência de queda que também se registava desde o início de 2018 -, o indicador permaneceu estável em agosto, nos 112,3 pontos.
Segundo a Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia, considerando as cinco maiores economias da zona euro, em agosto o sentimento económico manteve-se virtualmente estável na Alemanha (-0,1 pontos), recuando em França (-1,3 pontos), Itália (-0,8), Espanha (-0,7) e Holanda (-0,5).
Entre as principais economias fora da zona euro, o indicador registou uma subida significativa na maior economia sem a moeda única, a do Reino Unido (1,5 pontos, depois de em julho já ter progredido 1,6 pontos), mas recuou de forma também significativa na Polónia (- 1,3 pontos).