O conselho da administração da CP está de saída, noticia o “Público”. Desconhecem-se as razões da saída da administração composta por Carlos Nogueira, Abrantes Machado e Ana Malhó, sabendo-se apenas que “a tutela já está à procura de uma nova equipa”.
Treze meses depois da entrada em funções desta administração, os problemas da empresa permanecem. O material circulante continua a ser escasso, faltando um serviço regional capaz de substituir a frota envelhecida e carece de material de longo curso capaz de competir na liberalização do transporte ferroviário de passageiros, previsto para 2019.
Também a EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário – foi incapaz de reparar a frota existente “por falta de autorização da tutela para contratar pessoal” que afectou os comboios pendulares e Intercidades, os serviços de longo curso da CP, lê-se no artigo.
Devido à falta de material circulante e à incapacidade da EMEF em reparar comboios – apesar da contratação de 102 trabalhadores cujo impacto apenas far-se-á sentir no próximo ano – a quantidade e a qualidade dos serviços baixaram e, nalguns casos, deixou de existir.
As linhas de Sintra e Cascais foram reduzidas enquanto na linha do Oeste, “a CP acabou com o serviço que tinha tido maior procura nos últimos anos: os comboios directos Caldas da Rainha – Coimbra”.
Tanto a tutela como a CP anunciaram o aluguer de comboios espanhóis enquanto não adquirirem mais comboios mas a medida já vem tarde e não deverá operar a substituição das envelhecidas carruagens da empresa antes de 2019.