Um astronauta alemão na Agência Espacial Europeia partilhou, nas redes sociais, três imagens do sul de Portugal onde é visível a zona afetada pelo incêndio de Monchique.
“Uma mistura de pó, areia e fumo”. Foi esta a impressão que o incêndio na zona de Mionchique, Algarve, causou ao astronauta alemão Alexander Gerst.
Na fotografia mais aproximada vê-se perfeitamente uma coluna de fumo por cima da região onde as chamas lavram há seis dias em Monchique, distrito de Faro.
“Padrão climático dramático sobre Portugal hoje. Parece uma mistura de pó, areia e fumo”, foi o que o astronauta alemão escreveu na legenda das imagens que publicou nas suas contas no ‘Facebook’ e no ‘Flickr’ (rede social dedicada à partilha de fotografias), e que foram depois partilhadas no ‘Facebook’ da Agência Espacial Europeia (ESA).
A ESA divulgou a publicação de Alexander Gerst na manhã de ontem, com a legenda: “Vista da ponta Sul de #Portugal, com a costa do parque natural do sudoeste alentejano e Costa Vicentina, a cidade de lagos à direita logo abaixo do fumo, e o cabo St Vincent no extremo direito. Os incêndios aparecem entre as aldeias marmelete e monchique no distrito de #Faro”.
A Proteção Civil registou hoje de manhã uma “situação mais estável” em relação ao fogo que lavra desde sexta-feira na serra de Monchique, Algarve.
Segundo a 2ª comandante operacional nacional da ANPC, Patrícia Gaspar, as zonas mais críticas são a Fóia, na frente oeste do incêndio, e Silves, a leste do concelho de Monchique.
Patrícia Gaspar disse ainda que são “expectáveis” reativações a partir das 15h, devido às condições meteorológicas.
Para hoje preveem-se ventos que poderão chegar aos 35/40 quilómetros por hora e uma temperatura máxima de 35 graus, além de uma humidade relativa que poderá chegar aos 50%, o que configura um cenário semelhante ao de terça-feira, durante o dia.
O número de pessoas deslocadas devido ao incêndio é hoje de 181, informou a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Patrícia Gaspar, que falava num ‘briefing’ em Monchique, referiu o anterior balanço era de 230 pessoas deslocadas e a redução deve-se ao facto de alguns moradores terem ido para casas de familiares e de “estrangeiros que regressaram às suas origens”.
O número de feridos deste fogo rural, subiu para 32, um dos quais em estado grave, que se encontra em Lisboa.